Hubble flagra quasares funcionando como lentes gravitacionais

Por , em 19.03.2012

O grande Telescópio Hubble, que está no espaço há mais de vinte anos (foi lançado em 1990), continua fazendo descobertas impressionantes. Recentemente, cientistas europeus puderam localizar quasares (focos de núcleo energético, que se comportam de maneira semelhante a um buraco negro) agindo como lentes gravitacionais em galáxias distantes – ou seja, quem vê essas galáxias, pensa que elas estão distorcidas por causa da imagem criada pelos quasares.

Cientistas de um instituto espacial da Suíça tomaram nota das distâncias entre galáxias, para então corresponder estes dados com as observações do satélite Hubble. Quando encontraram anomalias entre tais distâncias, perceberam que se tratava de uma “imagem artificial”, criada por um quasar que distorce a forma das galáxias atrás de seu campo de visão.

Embora seja muito maior que as estrelas e grande o bastante para influenciar uma galáxia, um quasar nada mais é do que um objeto no espaço. Trata-se de um objeto muito mais luminoso do que a soma da luz das estrelas na qual eles se encontram. Por isso, eles “escondem” a galáxia na qual estão.

Dessa forma, o próximo desafio dos cientistas é conseguir determinar a massa e outros dados astrofísicos sobre as galáxias que hospedam os quasares. Esta missão é difícil justamente devido ao fato de que a grandeza dos quasares compete com a de suas próprias galáxias. [ScienceDaily]

6 comentários

  • rafael:

    esse é nosso bom e velho Hubble sempre descobrindo coisas novas

  • Jonatas:

    Em astronomia, a estrutura dos Quasares está entre as mais misteriosas e espetaculares formações do Universo. Acredita-se serem núcleos galácticos intensamente ativos e que o núcleo da Via Láctea também já foi um.
    A ideia convencional é de que um Quasar consiste em um Buraco Negro galáctico (aqueles com milhões e até bilhões de massas solares) em intensa atividade de acresção em massa, sugando estrelas e nebulosas indefinidamente num ritmo tão frenético que chegam a “arrotar”. Desculpem o termo, mas o “arroto” é o jato cósmico, uma intensa e massiva radiação que brota na forma de um jato vertical numa velocidade alucinante dos pólos dos quasares, varrendo o espaço. Os jatos cósmicos já aparecem em galáxias relativamente próximas, como M87, cujo quasar abriga um BN com a massa de bilhões de sóis no volume de um.
    Quando olhamos galáxias distantes com seus quasares, estamos vendo o seu passado jovem, sinal de que o quasar da Via Láctea um dia fora assim antes de cessar sua atividade. Mas acredita-se que com a aproximação de outra galáxia, como a Magalhães por exemplo, possa causar um efeito de maré que aproximaria as massas ao centro reativando o núcleo da nossa galáxia. Claro, isso é uma hipótese.

    • André Luis:

      Legal a explicação!

  • Yuken Master:

    Nada no universo me chama mais a atenção do que os quasares.
    Eles são realmente magnifiocs em todos os sentindos.
    Tem um potencial fora da imaginação.

  • Campos:

    A teoria das lentes gravitacionais talvez não sejam gravitacionais como se pensa. A gravidade não deve interferir na luz e sim a densidade (isto já foi provado). Sabemos que as galáxias tem uma concentração de poeira cósmica em sua periferia, da qual se alimenta para crescer. Isto é um ambiente de alta densidade. O mesmo deve acontecer com o quazar. O sol também tem matérias muito densas sendo ejetadas de sua periferia e, em meu entender, causou a falsa afirmação do desvio da luz que provou a teoria de “Einstein”. Isto também acontece com buracos negros estelares ou planetários. Não com buracos negros galácticos.

  • André Luis:

    Quasares imensos! Acho meio confuso a definição de um quasar, eu imagino como uma esfera de gás incandescente (eu li isto em algum lugar), sendo os objetos mais brilhantes do Universo. Parece magnifico!

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