Estudos anteriores afirmam que é preciso muita energia para fazer um cérebro funcionar, por isso só animais com metabolismo rápido poderiam ter desenvolvido cérebros grandes. Porém, uma pesquisa recente afirma que não é só isso: parece que as estratégias das mães no nascimento e nos cuidados com os filhos também desempenham um papel fundamental.
Pesquisadores estudaram o cérebro de 197 marsupiais e 457 mamíferos placentários, e encontraram uma ligação entre a taxa metabólica e o tamanho do cérebro só em mamíferos placentários.
Como os bebês estão ligados a placenta da mãe durante muito tempo, se ela tem uma alta taxa metabólica o bebê deve se beneficiar. Em contrapartida, os bebês marsupiais nascem muito pequenos e passam um longo tempo alimentando-se do leite de suas mães.
Então, como eles não encontraram nenhuma diferença no tamanho médio do cérebro dos mamíferos marsupiais e placentários (sendo que excluíram os primatas), a pesquisa sugere que uma forma mais lenta de crescer um cérebro grande vem através desse impulso maternal. As mães oferecem grandes quantidades de energia durante a gestação e, em seguida, eles recebem meses ou mesmo anos de cuidados após o nascimento. [NewScientist]