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Hungria constrói barragem para evitar segundo derramamento de resíduos tóxicos

Um reservatório húngaro explodiu em quatro de outubro, o que causou rachaduras na parede do local, espalhando resíduos tóxicos pela região. A rachadura de 25 metros ao longo da parede enfraquecida já está tão danificada que nenhum reparo seria suficiente.

O derramamento que ocorreu do reservatório foi de uma substância altamente alcalina, um subproduto da produção de alumínio, que tem efeito corrosivo sobre a pele. Ele contém metais pesados, como chumbo, e inalar essa poeira pode causar câncer de pulmão.

Por enquanto, foram derramados até 700 mil metros cúbicos de lama tóxica. Pelo menos sete pessoas morreram em consequência desse acidente, e cerca de 150 pessoas ficaram feridas, com muitas queimaduras.

Também toda a vida no rio Marçal, que se alimenta do Danúbio, pode ter sido extinta. A lama atingiu o Danúbio, mas as autoridades húngaras disseram que o nível de pH no rio está “normal”, acalmando temores de que o segundo maior rio da Europa ficasse muito poluído.

Segundo especialistas, a parede do reservatório pode desmoronar totalmente dentro de um dia ou uma semana. Por isso, equipes de trabalho estão correndo contra o tempo para construir uma barragem de emergência. Equipes também estão trabalhando para diluir o conteúdo alcalino do derramamento, acrescentando grandes quantidades de fertilizantes químicos e gesso nas águas dos rios Marçal e Raba.

O novo muro de proteção deve ter 600 metros de comprimento e 5 a 7 metros de altura. É especialmente importante que ele esteja pronto antes que chova – e chuva está prevista para os próximos dias – porque, se chover, as seções da barragem vão romper.

O muro está sendo construído às pressas para proteger as vilas já devastadas por essa enchente de resíduos industriais. A vila já atingida é a mais próxima ao reservatório, que provavelmente seria novamente arrasada se houvesse um segundo derramamento – outros 500 mil metros cúbicos de resíduos podem escapar se a parede do reservatório for violada novamente.

Por isso, cerca de 800 moradores foram evacuados para a cidade de Ajka, a 8 km do local. A polícia também pediu aos habitantes da cidade vizinha de Devecser que se preparassem para uma fuga rápida, se necessário.

A empresa responsável pela usina de alumínio ofereceu suas condolências às famílias das vítimas, mas insiste que não fez nada de errado. Prometeu estar dedicando todas as suas energias e esforços ao combate do derramamento, e até agora contribuiu com 256.490 reais para ajudar com a limpeza do local.[BBC]

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