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Idade fértil das mulheres tende a aumentar

As mulheres, salvo acidentes de percurso, estão esperando mais para ter bebês. Com o maior avanço na idade de gravidez, os médicos sugerem que o organismo feminino deverá sofrer aumento do período de fertilidade. Essa capacidade, por sua vez, deve ser transmitida geneticamente às filhas. Assim, não será uma cena rara um quarto de maternidade ocupado por uma mulher com mais de 40 anos.

Pesquisadores da Universidade de Shiffield (Inglaterra) investigaram casamentos de séculos passados para comparar com atuais. Para tanto, resgataram a história de 1.591 mulheres dos séculos XVIII e XIX, residentes de uma pequena região na Finlândia, onde todos eram obrigados a se casar e o divórcio era proibido, ou seja: casou com o primeiro parceiro, ou tem filhos com ele ou só depois de viúva.

Eles descobriram, nessa área, a seguinte tendência: a maioria das mulheres, a princípio, só se casava com idades entre 30 e 35 anos. As que se casavam mais jovens, geralmente, eram com maridos ricos, que por sua vez já eram mais velhos. Assim, as mulheres de maridos ricos tendiam a ter famílias maiores, por ter condições de sustentar mais filhos. Por outro lado, geralmente elas ficavam viúvas mais jovens, já que os maridos eram mais velhos. Dessa maneira, elas enviuvavam cedo, e já tendo filhos, dificilmente se casavam novamente. Com isso, a média de idade com que as mulheres tinham filhos se mantinha baixa.

Claro que não estamos mais em uma aldeia finlandesa de 1800. Hoje, conforme os pesquisadores levantaram, as mulheres tendem a adiar um casamento, ou se casar e simplesmente adiar a gravidez, para evitar ter filhos enquanto ainda não haja boa segurança quanto à manutenção do casal. Elas não gostam de ficar solteiras com filhos, por isso pensam muito mais do que duas vezes antes de ter filhos com 30 anos ou menos.

As mães do começo do século tinham filhos aos 20 anos, suas filhas engravidaram aos 25, as filhas destas só tiveram filhos aos 30… e a questão não apenas cultural, mas genética. O corpo feminino está aprendendo a engravidar mais tarde. Com a evolução da medicina e a assistência pré-natal, cria-se um cenário completo para a maternidade tardia no século XXI. [Telegraph]

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