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Imã contra depressão

Você conhece a estimulação magnética transcraniana (EMT)? É uma terapia que consiste no uso de um imã eletromagnético posicionado em cima da cabeça e pulsado rapidamente. Dependendo da frequência dos pulsos, é possível aumentar ou anular a atividade de neurônios que estão a alguns centímetros do crânio.

A EMT é vista como uma das formas mais seguras de estimular o cérebro porque não necessita de cirurgias. Contudo, este tratamento não está completamente livre de riscos. Algumas pessoas dizem ter sentido dores no couro cabeludo, dores de cabeça ou espasmos faciais. Houve ainda 10 casos de pessoas que tiveram ataques epiléticos causados pelo procedimento nos primeiros anos em que ele foi utilizado.

A boa notícia é que estes casos se tornaram raros depois de um tempo, porque os médicos que administravam o EMT aprenderam a limitar a intensidade e a freqüência da estimulação. Além disso, eles davam pausas nos tratamentos de seus pacientes.

Esta ferramenta também ajudou muitos médicos a entender melhor o cérebro humano de pessoas que haviam sofrido derrames ou ferimentos na cabeça, pois o EMT consegue desabilitar partes do cérebro em um processo completamente reversível.

Apesar de tantas vantagens, alguns profissionais ainda desconfiam dos benefícios da estimulação magnética, pois os efeitos placebo são difíceis de controlar. Alguns pesquisadores já tentaram causar o efeito em voluntários, mas estes perceberam que a máquina estava desligada, porque as pessoas geralmente percebem se estão recebendo o tratamento real ou não pela presença de alguns sinais físicos característicos.
Agora, o EMT foi aprovado nos EUA para o tratamento da depressão profunda. O problema é que os pacientes deverão ir até o hospital por 35 minutos, cinco dias por semana, durante quatro ou seis semanas, para receber o tratamento. Em 2010, no entanto, um grupo da Emory University, de Atlanta, EUA, verificou que um mês de tratamento poderia ser resumido em apenas alguns dias sem efeitos colaterais aparentes. [Gizmodo]

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