Aracnofobia é a palavra usada para definir a fobia de aranhas. Mas não é o simples medo, é uma reação irracional de pânico por estar diante das criaturas de oito pernas peludas e até oito olhos, por menores que sejam. Mas, os dias de desespero destes “medrosos” podem estar contados. O pesquisador Joel Weinberger, da Adelphi University, de Nova Iorque, concluiu que expor as pessoas que sofrem desta fobia a imagens subliminares de aranhas os faz superar o medo.
Geralmente, o tratamento de fobias é realizado expondo alguém à situação que lhe causa medo. Ela é obrigada a “encarar de frente” o seu medo. Mas, Weinberger decidiu facilitar a vida dos fóbicos. Reuniu 23 voluntários que tinham medo de aranhas e os fez encarar, durante um tempo, um “X” em uma tela, enquanto imagens de 20 aranhas ou de paisagens eram projetadas. As imagens dos aracnídeos passavam muito rápido para serem percebidas.
Os voluntários que foram expostos às imagens subliminares de aranhas conseguiram, depois da experiência, abrir a tampa de um tanque cheio dos bichos. Aqueles que, sem perceber, viram imagens de paisagem, conseguiram apenas chegar perto do tanque.
A explicação sugerida pelo pesquisador é que, quando a pessoa é exposta a imagens relacionadas ao seu medo, sem perceber, o cérebro acaba ligando aquilo que desencadeia a fobia a situações não perigosas. A amígdala, região do cérebro que envolve memórias emocionais, passa a perceber as aranhas como inofensivas. “É impressionante que tal efeito possa ocorrer tão rapidamente sem a percepção do participante”, diz David Rakison, professor da Carnegie Mellon University, da Pennsylvania.
Apesar das controvérsias que envolvem o estudo de mensagens subliminares, é de se imaginar que os voluntários devam preferir olhar um X na parede a ter que enfiar a mão no tanque de aranhas! [NewScientist]