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Incontinência urinária não é comum só em mulheres, mas também entre homens mais velhos

Não são apenas as mulheres que sofrem de incontinência urinária: segundo uma nova pesquisa, quase um em cada vinte homens sofre de formas da doença – entre moderada a grave. E ela é comum em um a cada seis homens idosos.

Pesquisas sugerem que a incontinência urinária afeta as mulheres cerca de duas vezes mais do que os homens. Mas as novas descobertas mostram que os homens geralmente têm que lidar com a condição também.

O estudo constatou que entre 5.300 homens de 20 anos ou mais, 4,5% relataram sintomas de incontinência urinária. Entre os homens de 75 anos ou mais, 16% correspondiam a esta definição. Isso se traduz em um número estimado de 8.200.000 homens americanos com incontinência urinária de moderada a grave, ou seja, segundo os pesquisadores, um problema comum.

Há uma série de tratamentos eficazes para a doença. As opções incluem exercícios de Kegel, um conjunto de exercícios que ajudam a fortalecer os músculos pélvicos, bem como alterações comportamentais, tais como horário programado de ir ao banheiro e limite de líquidos em determinados momentos do dia.

Há também uma série de medicamentos que ajudam a tratar a incontinência urinária. Nos casos mais graves, a cirurgia pode ser uma opção. Os homens com incontinência urinária também devem checar suas próstatas, porque já que seu alargamento é uma causa comum de sintomas urinários.

Os pesquisadores também encontraram vários fatores relacionados a um risco maior de incontinência urinária. Um deles foi a idade avançada e outro a depressão.

Cerca de 11% dos depressivos tinham incontinência urinária de moderada a grave, contra 4% dos não-depressivos. Quando os pesquisadores adicionaram outros fatores – como idade e presença de doenças crônicas físicas – homens deprimidos tiveram entre duas a três vezes mais risco de incontinência urinária que os não-deprimidos.

Outros estudos já fizeram uma conexão semelhante entre depressão e incontinência urinária em homens e mulheres, mas ainda não se sabe se há uma relação de causa e efeito. Por um lado, é possível que os problemas graves da incontinência contribuam para o isolamento social e depressão em algumas pessoas. Alternativamente, pode haver efeitos fisiológicos ligados à depressão – como alterações na química do cérebro a dopamina – que prejudicam a função da bexiga.

Outra possibilidade é que alguns dos medicamentos usados para tratar a incontinência urinária causem depressão como efeito colateral, mas não há provas disso.

Os pesquisadores também descobriram que os homens com pressão arterial elevada tiveram um risco aumentado de incontinência. Cerca de 9% tiveram sintomas de moderados a graves, contra 3% dos homens sem pressão arterial elevada. Com outros fatores tidos em conta, a pressão arterial elevada foi associada a um aumento de 30% no risco de incontinência urinária. Tal como a depressão, a ligação entre as duas doenças ainda não é clara para os pesquisadores. [Reuters]

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