Quando alguma pessoa é cremada depois de morrer, suas cinzas ficam aos cuidados dos entes queridos que continuam vivendo aqui na Terra. Alguns decidem guardá-las em uma urna bonita, outros atiram as cinzas no mar ou no ar em algum lugar importante para o falecido, tem até o caso famoso do Keith Richards que, certa vez, declarou que tinha “cheirado” as cinzas do pai. A americana Raven J. Collins oferece uma outra opção: pintar um retrato.
A idéia surgiu de um acontecimento trágico de dois anos atrás. Seus sobrinhos Gavin, de três anos, e Sebastian, de apenas um ano, morreram durante um incêndio em Tampa, Flórida. De acordo com a artista de 37 anos, apesar de pintar desde os tempos do colégio, este foi o retrato mais difícil que ela já teve que desenhar.
Durante seu período de luto, ela decidiu misturar as cinzas dos garotos no quadro. Ela diz que esta tragédia a ajuda no relacionamento com os clientes, ela entende porque eles precisam daquele tipo de retrato.
Normalmente, ela recebe uma quantia pequena de cinzas que ela põe em um pilão e esmaga até transformar em um pó bem fino. Segundo ela, basta uma colher de sopa, ou menos e, então, ela adiciona um líquido para criar uma pasta, usada nos retratos com a ajuda de um cotonete. Ela usa a “tinta” no cabelo da pessoa retratada, em algum detalhe da vestimenta, mas nunca no rosto.
Algumas vezes ela é recomendada por funerárias, mas a divulgação de seu trabalho é feita, na maioria das vezes, no boca-a-boca. Este tipo de retrato já representa 90% de seus lucros. Os preços variam entre US$ 200 e US$ 500, dependendo do tamanho e se o cliente quer que o retrato seja colorido. Outras amostras do trabalho dela podem ser encontradas em seu site oficial.
