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Inimigos da dieta: os piores são seus amigos



O sucesso de uma dieta depende de mais do que apenas força de vontade e autocontrole.

O que faz uma pessoa ter uma recaída ou abandonar sua meta?

Foi o que uma pesquisa liderada por Heather McKee, da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, queria descobrir.

Os cientistas estudaram os fatores sociais e ambientais que fazem as pessoas largarem sua dieta (mesmo que momentaneamente) e não resistirem à tentação.

Oitenta pessoas que faziam parte de um grupo de perda de peso ou estavam fazendo dieta por conta própria participaram do estudo de uma semana. Eles receberam telefones celulares nos quais tinham que manter um diário eletrônico de todas as tentações que cruzavam seu caminho, e como lidavam com elas.

Isso ajudou os pesquisadores a fazer um registro completo em tempo real, conhecido como “avaliação momentânea ecológica”, das tentações e lapsos da dieta dos participantes.

Os inimigos da dieta

O resultado? A presença de amigos, desejos tarde da noite ou a tentação do álcool são inimigos da dieta. Eles provacam situações em que as tentações muitas vezes são simplesmente fortes demais para resistir.

Os participantes caíram na tentação pouco mais de 50% das vezes em que passaram por uma, e eram especialmente vulneráveis à noite. Eles eram mais propensos a ceder a tentações alcoólicas do que comer um alimento açucarado ou comer mais do que o programado.

Sua força de vontade também foi influenciada pela presença de outros, como os amigos, independentemente da tentação na dieta ser inesperada ou se a pessoa já estava à procura de algo para comer. Quanto mais forte a tentação da dieta, mais provável um participante era de ceder a ela.

Não surpreendentemente, a maioria dos participantes relatou estar mais consciente do seu comportamento alimentar ao manter um diário de dieta.

As descobertas podem ser úteis para programas de perda ou manutenção de peso. Os pesquisadores destacam o possível uso de aplicativos de celular para apoiar as pessoas que estão de dieta.

Os resultados também enfatizam a importância da inclusão de mecanismos de enfrentamento específicos para reforçar a autoeficácia de uma pessoa. Em outras palavras, é preciso fazê-la acreditar na própria capacidade de alcançar seus objetivos.

“Na luta contra a obesidade, precisamos ajudar as pessoas a se tornarem mais conscientes dos diversos fatores pessoais, situacionais e ambientais que as expõem a tentações alimentares. Ao fazer isso, nós podemos ajudá-las a desenvolver as habilidades necessárias para lidar com sucesso com a dieta e evitar lapsos”, diz McKee. [MedicalXpress]

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