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Jogos de videogame podem melhorar nossa capacidade de tomar decisões rápidas

Se você viveu sua adolescência na passagem do século XX para o XXI, pode já ter jogado ou pelo menos ouvido falar do GTA (Grand Theft Auto). O jogo, já criado para vários videogames e lançado em mais de dez edições, conta a história de um criminoso que anda pelas ruas de uma cidade fictícia, com missões que envolvem assassinato, roubo, agressão, entre outras tarefas. Um péssimo exemplo, mas uma pesquisa da Universidade de Rochester (Nova Iorque, EUA) afirma que este tipo de jogo amplia nossa habilidade em tomar decisões rápidas e importantes.

Segundo os pesquisadores, o que melhora é algo profundamente psicológico. Como a maioria dos videogames dessa natureza coloca o jogador como protagonista andando por um caminho, com o sobressalto permanente de levar um tiro do inimigo, alguns diriam que a “habilidade” adquirida é apenas reflexos mais rápidos. Mas os cientistas explicam que o conceito vai além disso.

A equipe foi comprovar sua tese com um experimento de comparação. Chamaram 11 voluntários que jogavam o GTA pelo menos cinco horas por dia, e 12 pessoas que jamais haviam experimentado o videogame. Fizeram dois testes: em um deles, os participantes olhavam para uma tela com pontos se mexendo em determinada direção, e tinham que identificar rapidamente quantos pontos se moviam em cada uma. No outro experimento, ficavam em uma sala e ouviam uma série de barulhos, e tinham que identificar rapidamente de qual lado do aposento o som saiu. Em ambos testes, o desempenho daqueles que jogavam GTA foi superior.

Passando para a vida real, os cientistas explicam que as vantagens desses jogos estão em decisões de análise imediata: o jogador de videogames fica com um olho muito apurado. Por exemplo, se estiver dirigindo e de repente vier uma moto em alta velocidade na contramão, a habilidade adquirida nos jogos virtuais o faz escolher mais rapidamente, e com maior chance de acerto, entre frear, virar à direita ou à esquerda. Não se pode negar que tem a sua utilidade. [Live Science]

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