Cientistas da DARPA (“Defense Advanced Research Projects Agency, em inglês), uma agência tecnológica dos Estados Unidos que geralmente se dedica a questões bélicas e espaciais, está trabalhando no corpo humano. O projeto da vez pretende criar um avanço na situação daqueles que usam próteses para substituir um membro. É uma nova ligação de fibra óptica, com o objetivo de unir cérebro e membro postiço de uma maneira como nunca se viu antes.
A iniciativa tem paceria com a Universidade SMU (sigla em inglês para “Universidade Metodista Meridional”), em Dallas, Texas. O novo canal de fibra ótica desenvolvido atua nos dois sentidos – ida e volta dos impulsos nervosos -, e pode conectar o Sistema Nervoso Central a qualquer membro protético que tenha sido colocado. Tal projeto teve um custo aproximado de 5,6 milhões de dólares (o equivalente atual a 9,4 milhões de reais), e tem o mérito, segundo os criadores, de levar cada estímulo nervoso individualmente. É uma intrincada rede de fibra ótica.
Parece ser um grande avanço no ramo das próteses, que, ao contrário do que os tecnólogos mais admirados imaginam, ainda não está tão evoluído assim. A maioria dos membros artificiais produzidos até hoje têm muito pouco de “robóticos”; a maioria apenas conecta a prótese ao tecido muscular mais próximo que exerça tal movimento. O portador de um braço artificial, por exemplo, pode levar uma eternidade para reaprender a segurar uma xícara de café, justamente devido à precariedade das ligações nervosas no local.
É claro que a perfeição ainda não foi atingida com as novas próteses de fibra óptica. O avanço se deve, em grande parte, ao simples fato de que este material se adapta melhor ao tecido humano vivo e aos mecanismos metálicos de um membro artificial comum. Mas ainda há alguns pontos em que avançar, principalmente no que diz respeito aos sentidos táteis. Uma prótese continua sendo praticamente insensível à temperatura ou choques físicos. De qualquer maneira, parece ter sido dado um passo à frente. [PopSci]