Para muitas pessoas, se livrar das gorduras em excesso é uma batalha da vida inteira. Os bolsões de gordura são difíceis de reduzir e algumas vezes apenas a alimentação e o exercício não são suficientes para fazer a diferença. Agora, alguns dermatologistas estão descobrindo que a introdução de tecnologias para remoção de gordura, não invasivas, estão abrindo as portas para aqueles que não pretendem fazer uma lipoaspiração.
Alternativas para Lipoaspiração
“As células de gordura são diferentes das outras, particularmente na maneira como respondem a estímulos como a temperatura”, afirma a dermatologista Lisa M. Donofrio. “A maioria das novas tecnologias foi desenvolvida com base nesse conhecimento, para mirar em áreas específicas do corpo usando energia, que pode ser quente ou fria”.
Uma nova forma de reduzir a gordura é a radiofrequência, que libera energia nas áreas gordurosas, destruindo as células. Apesar de ainda não ter sido aprovada pela Administração de Alimentos e Drogas (FDA) americana, Donofrio explica que a novidade já está sendo usada por muitos dermatologistas. E como não há necessidade de repouso, os pacientes podem voltar às atividades regulares imediatamente.
“A radiofrequência é um procedimento muito versátil que pode ser usado em qualquer área do corpo – de áreas grandes como o abdome até pequenas como o queixo – com o mesmo grau de sucesso”, comenta Donofrio. “Para as pessoas que não estão acima do peso, mas têm bolsões de gordura que não estão respondendo aos exercícios ou dieta, a radiofrequência é uma boa opção”.
Outro benefício da técnica é a de reduzir a gordura e ao mesmo tempo deixar a pele mais firme, direcionando a energia para o colágeno. Por exemplo, um paciente com muita gordura no braço pode perder mais pele do que gordura nessa área. Nessa situação, Donofrio pode usar a radiofrequência para primeiro enrijecer a pele, e depois remover a gordura. No caso contrário, de haver mais gordura, o procedimento é inverso.
Aplicar energia gelada na gordura também é um novo procedimento, não invasivo, já aprovado pela FDA e que está sendo usado em áreas localizadas no abdome inferior ou nos lados do corpo. Como as células de gordura são mais sensíveis à temperatura do que as da pele, a criolipólise congela os lipídios que lentamente se dissolvem, sem trauma ou dano aos tecidos no redor. Por isso, os resultados não são imediatos, ocorrendo ao longo de dois a seis meses.
“Apesar da criolipólise ser muito inovadora na redução de gordura, a máquina é limitada e não é tão versátil como a radiofrequência, já que permite a aplicação apenas em áreas maiores do corpo”, explica Donofrio. “Entretanto, desenvolvimentos futuros da criolipólise podem permitir que a técnica seja usada em locais como o pescoço e o braço, para uma remoção mais refinada”.
Usar ondas de ultrassom de alta intensidade para causar a destruição ou o vazamento das células de gordura é outro método que está sendo estudado. Similar a outros métodos não invasivos, a energia do ultrassom penetra pelas camadas de pele até a gordura, sem causar danos. Donofrio explica que a diferença desse modelo é que ele envolve a destruição mecânica das células de gordura, que se dissolvem gradualmente, ao invés da destruição por temperaturas extremas.
“Apesar de não ser aprovado pela FDA para a remoção de gordura, pode ser outra opção no futuro para aqueles que pretendem a remoção sem cirurgia”, comenta. “Nesse ponto, mais estudos são necessários para determinar sua efetividade”.
Apesar de esses novos métodos, não invasivos, de remoção de gordura serem bons, eles não são tão efetivos quando um procedimento invasivo como a lipoaspiração. “É importante que os pacientes lembrem que os tratamentos invasivos são procedimentos médicos que devem ser realizados por especialistas certificados, com estudo e treinamento no método”, diz. [ScienceDaily]