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Ler livros impressos ainda é mais rápido do que ler que os virtuais

Se você é adepto do tradicional livro impresso, que está sempre ali, à mão, e não se adaptou a ler livros na frente da tela de um computador, temos uma notícia interessante: uma pesquisa indica que é o livro no papel é de leitura mais rápida e ágil do que na internet.

Quem chegou a essa conclusão foram pesquisadores de uma consultoria tecnológica dos Estados Unidos. Eles conduziram um teste que não diz respeito exatamente a ler sentado em frente a um Desktop, mas sim duas plataformas portáteis (IPad Apple – no caso, seu aplicativo IBook – e Amazon Kindle 2), para comparar a leitura de livros, nessas mídias, com um livro comum.

Reuniram 24 voluntários para ler pequenos contos de Ernest Hemingway, que escreve, segundo os coordenadores da pesquisa, de uma maneira leve e dentro da compreensão de todos os voluntários. Para garantir que eles realmente leram o texto todo, os participantes foram submetidos a um teste sobre os contos ao final da leitura.

A média de leitura dos textos foi de 17 minutos. O livro impresso se mostrou a maneira mais rápida: a leitura no IPad foi 6,2% mais lenta, e no Amazon, 10,7%. Além disso, os participantes tinham que dar uma nota de 0 a 7 para cada uma das mídias, no quesito conforto na leitura. Desta vez, na média, os meios eletrônicos venceram, mas por muito pouco: o IPad tirou 5.8, o Amazon com 5.7 e o livro com 5.6. Disparado, o meio mais indesejável para se ler um livro é em frente a um Desktop, que ficou com conceito 3.6.

As queixas mais comuns sobre os acessórios eletrônicos são as seguintes (fica a dica para os fabricantes): para o IPad, reclamam que é muito pesado, o que torna a leitura desconfortável com o tempo, e no caso do Amazon, dizem que as letras cinza do monitor fazem pouco contraste com o fundo, e quem tem dificuldade para enxergar sofre com isso. Além disso, os voluntários referiram sentir falta de virar páginas. De saber, pela grossura do livro, quanto já foi lido e quanto ainda falta, razão pela qual preferiram o IPad, que ao menos indica na tela o número de páginas restantes em cada capítulo.

A baixa nota dada para a leitura no Desktop, segundo os voluntários, tem uma explicação bem pouco ortodoxa: sentados numa cadeira, em frente a uma tela, eles associavam essa imagem ao seu trabalho, razão pela qual não conseguiam se concentrar na leitura.

Assim, pelo menos por enquanto, o livro impresso pode dormir sossegado, porque a preferência do público, a eficiência e a rapidez na leitura ainda estão com ele. O problema, segundo os pesquisadores, é que os eletrônicos ainda têm muito tempo e campo para se expandir e aperfeiçoar, e em alguns pontos já são bastante elogiados. Já o livro impresso… [Live Science]

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