Lojas de produtos usados, como brechós e lojas de antiguidades, são cheias de uma variedade de produtos indesejados. A maioria dos itens são apenas versões usadas ou modelos ultrapassados de coisas que você pode comprar nas lojas. Porém, algumas pessoas têm a sorte de encontrar tesouros escondidos em meio a todos os carrinhos de brinquedo e blusas de gola rolê.
9. Um poster do Picasso assinado
Zachary Bodish estava fuçando uma loja de artigos de segunda mão procurando alguma obra de arte kitsch – estilo que designa produções consideradas de qualidade inferior e é por vezes admirado ironicamente – para revender quando topou com um cartaz anunciando uma exposição de Pablo Picasso. Acreditando que o cartaz era uma reprodução de boa qualidade, Bodish o comprou comprou por US$ 14,14.
Ele foi para casa e pesquisou informações sobre o cartaz. Enquanto estava investigando a peça, notou marcas vermelhas na parte inferior do cartaz. Bodish achou que elas poderiam ser a assinatura de Picasso e percebeu que poderia ter algo especial.
Bodish levou, então, o cartaz para que especialistas em arte avaliassem sua veracidade. A descoberta foi surpreendente: o cartaz era um linogravura original. Picasso tinha esculpido um desenho em linóleo, que era então coberto de tinta e pressionado em papel. O cartaz tinha sido criado para o show anual de cerâmicas da cidade de Vallauris, na França, em 1958.
Foram feitos apenas 100 desses cartazes e encontrado por Bodish era o número seis. As cópias com numeração mais baixas são mais valiosas porque é mais provável que elas tenham sido revisadas pessoalmente pelo artista.
Bodish vendeu sua gravura por US$ 7 mil.
8. Litografia de Alexander Calder
Karen Mallet estava fazendo compras em uma das lojas de ONG Goodwill quando uma imagem chamou sua atenção. Era uma grande gravura abstrata com grossas linhas pretas e uma grande forma vermelha. Ela não achou que a gravura em si era grande coisa, mas estava interessada na assinatura no canto – Alexander Calder, renomado escultor americano criador do estilo móbile. Mesmo sem saber se a assinatura era real, Mallet decidiu comprar o quadro, já que custava apenas US$ 12,34.
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Ela começou a pesquisar Calder quando chegou em casa e descobriu que ele havia criado litografias semelhantes à gravura que havia comprado. Acreditando que sua cópia era autêntica, Mallet procurou a opinião de peritos, que confirmaram suas suspeitas.
Sua obra fazia parte de uma série de litografias que Calder chamou de “Red Nose”. A cópia de Mallet era a 55ª de 75 que tinha sido impressa em 1969. Uma companhia de belas artes determinou o valor da cópia em US$ 9 mil. Mallet decidiu manter a peça por enquanto, já que se afeiçoou à gravura.
7. Uma pintura de Ilya Bolotowsky
Beth Feeback foi outra que achou um tesouro por acaso em uma das lojas de usados da Goodwill. No caminho para uma mostra de arte, ela estava com frio e queria comprar algo para se aquecer. Depois de encontrar um cobertor, viu duas enormes pinturas. Ela não gostou muito das obras, mas queria reutilizar as telas para pintar seus próprios quadros. Por apenas US $ 9,99 cada, a artista achou ter feito um ótimo negócio, já que telas grandes são caras.
Quando ela chegou à mostra de arte, Feeback mostrou suas compras a um amigo que notou um rótulo na parte de trás das telas – as pinturas eram da Galeria de Arte Weatherspoon. Seu amigo recomendou que ela pesquisasse as pinturas porque a galeria frequentemente recebia trabalhos de artistas famosos.
Quando Feeback foi para casa, guardou as pinturas com suas outras telas e se esqueceu delas por meses. Felizmente, lembrou-se do conselho de seu amigo antes de pintar sobre as telas. Pesquisando as pinturas, descobriu que uma delas era “Vertical Diamond” de um famoso artista russo, Ilya Bolotowsky.
Em um leilão, Feeback conseguiu vender o quadro por mais de US$ 34 mil.
6. Um relógio raro
Zach Norris também estava na loja de usados da Goodwill quando encontrou uma raridade. Mesmo que estivesse procurando um carrinho de golfe, resolveu dar uma olhada rápida na seção de relógios. Como adora relógios vintage e sempre estava disposto a expandir sua coleção, fuçou uma cesta cheia de relógios baratos e sem bateria e descobriu algo muito raro.
Norris tinha encontrado um relógio de 1959 do modelo Jaeger-LeCoultre Deep Sea Alarm – apenas 900 dele foram feitos. Como já colecionava relógios, ele sabia que tinha feito uma descoberta surpreendente. Apesar de estar ligeiramente gasto, o relógio ainda estava em condições decentes. Independentemente do estado do produto, Norris sabia que valia muito mais do os US$ 5,99 que pagou por ele.
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Animado, Norris comprou o relógio e o levou a um revendedor da marca, que autenticou a peça. Apesar de querer adicionar o achado à sua coleção, ele precisava do dinheiro e fez um anúncio em um site de colecionadores de relógios. Muitas pessoas demonstraram interesse e fizeram ofertas até que ele finalmente aceitou um lance de US$ 35 mil mais um relógio de Mega Speed Master de US$ 4 mil.
5. Uma pintura a óleo de 350 anos de idade
Leroy, um antigo comerciante de antiguidades, adorava fuçar as lojas da Goodwill. Sua casa estava cheia de bens de segunda mão e ele estava ansioso para adicionar aumentar sua coleção. Um dia, uma pintura a óleo emoldurada chamou sua atenção. Leroy sabia que a moldura tinha sido feita nos anos 1800 e supôs que a pintura era do mesmo período. Ele acreditava a peça valeria algumas centenas de dólares e pagou alegremente US$ 3 pela pintura.
Ele pendurou o quadro em sua casa, onde permaneceu por um ano. Sua nora achava que a pintura poderia ser mais valiosa do que Leroy achava e levou a obra até um antiquário para descobrir sua história. Eles descobriram que o quadro havia sido pintado em uma escola flamenga em Amsterdã durante meados do século XVII e foi restaurada quase 200 anos depois. A pintura foi avaliada em US$ 20 mil a US$ 30 mil.
Leroy decidiu vender a pintura. Em uma casa de leilão, a peça foi vendida por US$ 190 mil.
4. Uma bolsa de Philip Treacy
John Richard, um caçador de antiguidades amador, sempre estava procurando tesouros ocultos. Em uma loja de usados britânica, topou com uma velha bolsa que estava escondida em uma caixa empoeirada no canto da loja. Richard sabia que era uma bolsa de alta qualidade e, mesmo pechinchando, não conseguiu comprar a por menos de US$ 32, mesmo sendo mais do que ele queria pagar.
Richard levou a bolsa para uma loja do designer Philip Treacy, onde puderam confirmar suas origens: a bolsa tinha sido feita pelo designer de chapéus mundialmente renomado Philip Treacy. Costurada à mão, a bolsa tem uma estampa de Elvis Presley criada por Andy Warhol. Apenas dez deste modelo foram feitas. Originalmente, eram vendidas por US$ 315, mas valem muito mais agora.
Richard disse que dois compradores confidenciais o procuraram com ofertas de mais de US$ 317 mil.
3. Uma cópia da Declaração de Independência dos Estados Unidos
Em uma de suas visitas semanais a uma loja de usados em Nashville, Michael Sparks encontrou um documento amarelado, descascado e enrolado. Quando o desdobrou, descobriu que era uma cópia da Declaração de Independência dos Estados Unidos.
Sparks já tinha visto por muitas cópias da Declaração, mas esta era claramente especial. A cópia era tão excepcionalmente bela que ele primeiro pensou, a princípio, que era uma gravura. Ele pagou US$ 2,48, pelo documento.
Depois de pesquisar, percebeu que sua cópia poderia valer um pouco mais do que tinha esperado. Em uma casa de leilões, ele descobri que aquela era uma cópia oficial da Declaração de Independência. Das 200 encomendadas por John Quincy Adams em 1820, apenas se sabia da existência de 35 delas. Sparks havia encontrado a 36ª.
Depois de algumas restaurações, Sparks leiloou sua cópia da declaração: ela foi vendida por US$ 477.650.
2. Foto de Billy the Kid
Randy Guijarro também era do time que adorava procurar por tesouros nas lojas de produtos usados. Em uma ocasião, caçando em cestas de “tranqueiras”, encontrou três ferrótipos – fotos antigas impressas em folhas de metal fino – de que gostou e pagou US$ 3 pelo trio.
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Quando chegou em casa, usou uma lupa para examinar as fotos e ficou chocado quando reconheceu o famoso bandido Billy the Kid em uma delas. Na internet, a esposa de Guijarro encontrou fotos de duas outras pessoas na foto – eles faziam parte da gangue de Billy.
Os colecionadores ficaram céticos quando Guijarro lhes contou sua descoberta. Demorou mais de um ano para uma equipe autenticar a fotografia, mas conseguiram identificar todas as 18 pessoas na foto. O retrato inclui Billy, sua gangue, seus amigos e família. Eles estavam jogando croquet.
Os pesquisadores descobriram também o lugar onde a foto foi tirada em Chaves Country, no estado norte-americano do Novo México. Eles até encontraram os restos do casa que aparece na foto, deixando claro que aquela era uma fotografia autêntica.
Os fãs de Billy the Kid ficaram encantados. Apenas uma outra fotografia de Billy já tinha sido encontrada e ela foi vendida por 2,3 milhões em 2011. A foto de Guijarro foi avaliada e segurada em US$ 5 milhões.
1. Uma pintura de Jackson Pollock
Teri Horton entrou em uma loja de usados para procurar um presente para animar uma amiga. Encontrou uma pintura grande, feia e negociou o preço a US$ 5. Sua amiga se divertiu com o quadro, porém, infelizmente, ele era muito grande para caber dentro de sua casa. A amiga acabou devolvendo a pintura a Horton, que enfrentou o mesmo problema e acabou esquecendo a pintura em seu galpão.
Tempos depois, ao tentar vender a pintura em uma venda de garagem, um professor de arte lhe disse que a tela poderia ser de autoria do pintor Jackson Pollock. Horton não tinha ideia de quem Pollock era, mas depois de uma explicação do professor e de alguma pesquisa por conta própria, ela ficou convencida de que tinha um original.
Infelizmente, o mundo da arte discordou e não certificaram a pintura. A origem e a história da pintura eram desconhecidas, o que tornava difícil saber se a peça era legítima.
Mas isso não impediu Horton de contratar um especialista forense. Ele encontrou uma impressão digital na parte de trás da tela que combinava impressões digitais encontradas no estúdio de Pollock e em uma das outras pinturas do autor. O especialista forense também descobriu que a tinta do chão do estúdio de Pollock correspondia à usada na tela de Horton.
Mesmo assim, o mundo da arte ainda se recusa a aceitar a pintura como autêntica. No entanto, alguns colecionadores manifestaram interesse e Horton chegou a receber ofertas de US$ 9 milhões, que ela recusou. Ela acredita que sua pintura vale US$ 50 milhões e não aceitar menos do que isso. Hoje, 25 anos depois, Horton ainda possui a pintura. [Listverse]