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Macaco controla braço robótico com os pensamentos

Dois macacos com minúsculos sensores em seus cérebros aprenderam a controlar um braço robótico apenas com os pensamentos, utilizando-o para alcançar a comida e levá-la a suas bocas e até ajustando a pegada para diferentes tamanhos e ‘pegajosidades’ das porções quando necessário, disseram os cientistas nesta quarta-feira.

O relatório publicado na internet, pela revista científica Nature, é amais incrível demonstração até o momento da tecnologia de conexão entre cérebro e computador, que os cientistas esperam que irá permitir pessoas paralisadas a ganhar mais controle sobre as suas vidas. As descobertas sugerem que próteses controladas pelo cérebro, apesar de ainda não serem práticas já são tecnicamente possíveis.

Em estudos anteriores, pesquisas mostraram que humanos que haviam sido paralisados por anos poderiam controlar um cursor na tela de um computador com as ondas elétricas de seus cérebros; e estes “pensamentos” puderam mover um braço mecânico e até um robô em uma esteira.

O novo experimento, porém, demonstra o quão rápido o cérebro pode adotar o anexo mecânico como seu, refinando os movimentos enquanto interage com objetos em tempo real. Os macacos no experimento tiveram seus próprios braços gentilmente contidos enquanto eles aprendiam a usar o robótico. Continua…

“No mundo real as coisas não funcionam como esperado, o mashmallow gruda na sua mão ou a comida escorrega e você não pode programar um computador para antecipar tudo isso”, disse Andrew Schwartz, um dos autores do estudo e professor de neurobiologia da Universidade de Pittsburgh, nos EUA. “Mas os cérebros dos macacos se ajustaram; eles estavam lambendo o marshmallow da mão mecânica e empurrando a comida para suas bocas, como se fosse a sua própria mão.”

Primeiramente os macacos foram treinados utilizando joysticks para controlar o braço. Em seguida foram implantados sensores no córtex motor de seus cérebros que se conectavam diretamente a um computador. O computador traduzia instantaneamente os sinais elétricos dos neurônios dos macacos em movimento.

Depois de alguns dias de treinamento os macacos não precisavam mais de treinamento. Eles apenas ficavam sentados em uma cadeira manipulando os braços repetidamente com seus cérebros para agarrar uvas, marshmallows e outras coisas saborosas que colocavam à sua frente. Eles alcançavam a boca com sucesso cerca de dois terços das vezes, uma taxa admirável comparado com estudos anteriores. Eles aprenderam a segurar o alimento ao aproximar o braço da comida, fechar com força suficiente apenas para segurar a comida e gradualmente soltá-la quando se alimentava.

Há diversas dificuldades que terão que ser superadas antes que a tecnologia torne-se utilizável por humanos de maneira prática, mas os cientistas estão confiantes que elas logo serão superadas.

Os cientistas afirmaram que estes sistemas irão permitir que pacientes como sérias deficiências motoras interajam e se comuniquem com o mundo de maneira mais natural e intuitiva. [Fontes: 1 2 3]

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