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Maconha pode “masculinizar” usuárias

Segundo uma nova pesquisa, os cérebros e o comportamento de ratas recém-nascidas que recebem uma substância que imita a maconha tornam-se mais masculinos.

Os pesquisadores descobriram que ratas recém-nascidas geralmente fabricam mais células novas em uma parte do cérebro, chamada amígdala, do que os ratos. Essa área governa o comportamento social e emocional.

Eles também descobriram que as fêmeas têm um sistema endocanabinóide menor, que envolvem os receptores do cérebro que reagem à cannabis. Essa correlação fez os cientistas imaginarem se a injeção de substâncias que imitavam a cannabis no cérebro de ratas alteraria a taxa de proliferação das células da amígdala.

Para descobrir isso, a equipe injetou um composto que desencadeia receptores de canabinóides no cérebro de ratas recém-nascidas. Eles também injetaram uma substância química que lhes permitiu ver a divisão celular no tecido cerebral. Para saber como estas mudanças afetaram o comportamento das ratas, a equipe também estudou os hábitos de reprodução dos filhotes após quatro semanas.

As ratas que não receberam o tratamento produziram entre 30 e 50% mais células da glia – que ajudam a manter a homeostase e proteger os neurônios – na amígdala do que os machos. Já as fêmeas que receberam as substâncias canabinóides tiveram uma taxa de proliferação celular e um comportamento semelhante aos dos machos.

Segundo os pesquisadores, o principal objetivo agora é descobrir se as bases neurológicas do comportamento visto neste estudo são similares em humanos. Porém, a pesquisa, apesar de convincente, descreve um processo fisiológico no cérebro de ratos, e como não utilizou um canabinóide derivado da planta, ou em doses mais elevadas (já que o metabolismo do rato é mais rápido do que o dos seres humanos), nenhuma conclusão pode ser feita sobre os efeitos da maconha convencional em bebês humanos. [NewScientist]

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