A Terra possui algumas crateras e minas tão profundas que podem ser vistas do espaço. Abaixo, você pode conferir algumas das mais impressionantes destas “cicatrizes”, resultado da queda de asteroides ou da interferência humana:
Mina de Mirny, Yakutia, na Rússia
Aberta em 1957, a mina de diamantes a céu aberto de Mirny foi não só a primeira como a maior mina da União Soviética, com 525 metros de profundidade e 1.200 metros de diâmetro. Na década de 1960, chegou a produzir 10 milhões de quilates de diamantes por ano – o equivalente a duas toneladas –, mas com o tempo a produção caiu para 400 kg por ano e, em 2011, a mina foi fechada. Atualmente, o espaço aéreo sobre a mina está fechado para helicópteros, pois há o risco de eles serem sugados para baixo.
Pit Berkeley, Butte, Montana (EUA)
A Pit Berkeley é uma antiga mina de cobre, que funcionou entre os anos de 1955 e 1982. As bombas d’água próximas ao poço foram desligadas, e a água subterrânea começou a encher o buraco. Atualmente, a água já chega a uma altura de 270 metros de profundidade, com um pH bastante ácido, em torno de 2,5, parecido com o de refrigerantes como Coca-Cola e Pepsi. Em 2020, é possível que estas águas poluídas atinjam os lenços subterrâneos que estão nas proximidades.
Mina de Bingham Canyon ou Mina de Cobre Kennecott, ao sudoeste de Salt Lake City, Utah (EUA)
A mais profunda mina a céu aberto do mundo, ela está em atividade desde 1906 e conta, atualmente, com mil metros de profundidade e 4 mil metros de largura. De 2004 até os dias de hoje, foram retiradas da mina 17 milhões de toneladas de cobre, 715 toneladas de ouro, 5.900 toneladas de prata e 386 kt de molibdênio. O plano de exploração da mina é válido até 2019, mas o proprietário do Grupo Rio Tinto, que detêm os diretos, pretende prolongar esse acordo até 2030.
Derweze ou Darvaza, a “Porta para o inferno”, Derweze, Turcomenistão
O local no meio do deserto de Karakum foi identificado por geólogos soviéticos em 1971. Eles montaram uma sonda de perfuração e iniciaram as operações, mas o chão desabou em uma grande cratera e o equipamento desapareceu. Alguns gases metano foram liberados, o que, inclusive, criou um grande perigo para as pessoas que moravam em vilas próximas. Os cientistas acreditavam que o efeito pararia em um curto período de tempo, mas o gás continua queimando desde então, sem nenhuma pausa, e a aldeia Derwese chegou inclusive a ser desocupada.
Udachnaya, Rússia
A mina de Udachnaya foi descoberta apenas 2 dias após a de Mirny, pela mesma equipe, comandada por Vladimir Shchukin, em 1955. É considerada a terceira maior em profundidade – os trabalhadores ficam 600 metros ao fundo.
Chuquicamata, Chile
Considerada a maior e a segunda mais profunda mina de cobre a céu aberto do mundo (850 metros), foi inaugurada em 1882, mas o metal foi extraído há séculos. Nos dias atuais, o cobre ainda é responsável por quase um terço de todas as exportações do país.
Mina de Diamantes Diavik, Canadá
A área foi descoberta em 1992 e a produção a céu aberto começou em 2003. Em março de 2010, iniciou-se a transação da mineração a céu aberto para a subterrânea, e o processo foi concluído em 2012.
Mina de Diamantes Ekati, Território Nordeste, Canadá
Aberta em 1998, foi a primeira mina superficial e subterrânea de diamantes do Canadá. Localizada 200 quilômetros ao sul do Círculo Polar Ártico, produziu mais de 8 toneladas de diamantes.
Grasberg, Papua, Indonésia
Maior mina de ouro e terceira maior mina de cobre do mundo, foi construída a 4.100 metros acima do nível do mar, em uma das áreas mais remotas de Papua Ocidental, na Indonésia. Em 2006, produziu mais de 610,8 toneladas de cobre, 58,47 toneladas de ouro e 174,46 toneladas de prata.
Super Mina Fimiston, Austrália Ocidental
Com 3,5 quilômetros de comprimento, 1,5 quilômetros de largura e 570 metros de profundidade, a mina Fimiston tem um formato retangular e produz mais de 28 toneladas de ouro por ano.
Cratera Vredefort, África do Sul
A maior cratera de impacto já conhecida possui 300 quilômetros de diâmetro e foi formada há dois bilhões de anos por um asteroide que, segundo especialistas, deveria ter entre 5 e 10 quilômetros de diâmetro.
Cratera Manicouagan, Québec, Canadá
Com cerca de 213 a 215 milhões de anos, a cratera é uma estrutura de anéis múltiplos com aproximadamente 100 quilômetros de diâmetro, e possui um lago de 70 quilômetros de diâmetro, chamado de Reservatório Manicouagan.
Cratera Wolfe Creek , Austrália Ocidental
A idade estimada desta cratera é de pouco menos de 300 mil anos, e possui cerca de 865 metros de diâmetro.
Cratera Shoemaker, Austrália Ocidental
Esse é o remanescente de uma cratera profundamente erodida de impacto, e contém lagos de sal.
Lago Bosumtwi, em Gana
A cratera possui 10,5 quilômetros de diâmetro e sua profundidade é de cerca de 380 metros. O grupo étnico Ashanti respeita o local como um lago sagrado, e acredita que as almas dos mortos vão até lá para se despedir do deus Twi. A título de curiosidade, o ex-secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, é um Ashanti.[io9]
Serra Pelada, Pará, Brasil
Em 1976, foram encontradas as primeiras amostras de ferro no sul do Pará e, em 1979, um garimpeiro encontrou ouro no local. A partir de 1980, garimpeiros começaram a se deslocar para lá, sendo que a mina chegou a receber 80 mil exploradores.
Em 1981, os depósitos de ouro na superfície se esgotaram, mas por interesses políticos e pela alta demanda, o garimpo foi reaberto, e o volume da extração de metais foi caindo ano a ano. Atualmente, a antiga mina é um lago com 100 metros de profundidade, e estima-se que ainda existam no local cerca de 350 toneladas de metais preciosos, entre ouro, platina e paládio.[G1]