O menor computador do mundo foi lançado recentemente. Os pesquisadores afirmam que ele é o primeiro sistema de computação completo em escala de milímetros – o aparelho tem o tamanho da letra “N” nessa frase.
O sistema é voltado para aplicações médicas. O protótipo é um monitor implantável de olho que acompanha continuamente o progresso de pacientes com glaucoma, doença potencialmente cegante.
Em um pacote que é um pouco mais de um milímetro cúbico, o sistema possui um microprocessador de baixa potência e um sensor de pressão, uma memória, uma bateria de filme fino, uma célula solar e um rádio sem fio com uma antena que pode transmitir dados a um leitor externo.
O processador é intra-ocular e tem consumo de energia extremamente baixo – faz medições a cada 15 minutos e consome uma média de 5,3 nanowatts. Para manter a bateria carregada, ele exige a exposição a 10 horas de luz interior ou 1,5 horas de luz solar a cada dia. O dispostivo pode armazenar até uma semana de informação.
Embora o sistema minúsculo seja completo, não se comunica com outros dispositivos como ele. Isso é uma característica importante para qualquer sistema direcionado para redes de sensores sem fio. A chave para esta unidade se ligar com outros computadores para formar redes sem fio é um rádio compacto que não necessita de ajuste para encontrar a frequência correta.
Vamos ser um pouco nerds agora: a Lei de Moore diz que o número de transistores em um circuito integrado dobra a cada dois anos, praticamente dobrando o poder de processamento. A Lei Bell diz que uma nova classe de computadores menores e mais baratos vem a cada década.
Com cada nova classe, o volume diminui por duas ordens de grandeza e o número de sistemas por pessoa aumenta. A lei tem sido mantida desde os computadores gigantes de 1960, até computadores pessoais (pcs) de 80, os notebooks de 90 e os smartphones de hoje.
O próximo grande desafio é conseguir sistemas em escala de milímetros que têm uma série de novas aplicações para o monitoramento de pessoas (e suas partes do corpo), ambientes e edifícios.
Tal dispositivo só deve estar disponível comercialmente daqui a alguns anos. Segundo os pesquisadores, no futuro esses computadores poderiam rastrear poluição, monitorar a integridade estrutural, executar fiscalizações, ou tornar praticamente qualquer objeto inteligente e rastreável. [LiveScience]