A desculpa de muitos fumantes para acender um cigarro é que eles estão muito estressados e precisam relaxar. Alguns param de fumar, mas voltam a serem fregueses do cigarro por causa desse suposto efeito relaxante. Mas será que fumar tem mesmo esse efeito? A ciência diz que não.
Estudos descobriram que fumar os cigarros aumenta os níveis de stress do fumante e não os diminui. Uma pesquisa recente da London School of Medicine analisou 496 pessoas que tentaram parar de fumar, após terem sido internadas com problemas cardíacos. No início do estudo, os voluntários tinham níveis de stress semelhantes e acreditavam que fumar os ajudava a suportar as dificuldades.
Um ano depois, 41% dos voluntários conseguiram parar de fumar – essas pessoas se sentiam menos estressadas do que os que continuaram fumando. A diferença entre as “categorias” chegou a 20% a menos de stress.
A hipótese dos cientistas é que os fumantes precisam lidar com a vontade de fumar o cigarro, além das situações estressantes, o que pode incomodá-los ainda mais. Sem a vontade constante de fumar, as pessoas que largaram o cigarro tinham uma fonte a menos de preocupações.
Moral da história: quando o fumante coloca o cigarro na boca, ele pode até se sentir mais calmo, mas a vontade de fumar que ele passa faz com que ele fique mais estressado na maior parte do tempo do que os não fumantes. [NY Times]