As pessoas que estão tentando perder peso sempre apelam para porções estritas de gordura, carboidratos e proteínas, mas, de acordo com um novo estudo, a fonte das calorias não importa tanto quanto o número delas.
Os pesquisadores descobriram que não há diferença na redução de peso ou gordura em quatro dietas, com diferentes proporções de gordura, carboidratos e proteínas.
“O maior fator para a perda de peso foi a ‘adesão’. Os participantes que aderiram melhor a dieta perderam mais peso”, afirma George Bray, pesquisador do estudo.
Pesquisas anteriores descobriram que certas dietas – em particular aquelas com pouca quantidade de carboidratos – eram melhores do que outras, mas não há consenso geral entre os cientistas.
Bray e seus colegas indicaram aleatoriamente, para centenas de pessoas obesas ou acima do peso, quatro dietas: proteínas normais, pouca gordura e muito carboidrato; muita proteína, pouca gordura, muito carboidrato; proteínas normais, muita gordura e pouco carboidrato; ou muita proteína, muita gordura e pouco carboidrato.
Cada dieta foi estipulada para cortar 750 calorias por dia. Após seis meses e depois de dois anos do começo da dieta, os pesquisadores checaram o peso, gordura corporal e massa magra dos participantes.
Com seis meses, as pessoas tinham perdido mais de 4,1 quilogramas de gordura, e perto de 2,3 quilogramas de massa magra, mas ganharam um pouco de peso na marca dos dois anos.
No fim, eles conseguiram manter uma perda de peso maior do que 3,6 quilogramas após dois anos. Nesse percentual, estavam quase 1,4 quilogramas de gordura abdominal, o que corresponde a mais de 7%.
Mas muitos dos que começaram acabaram desistindo, e a alimentação dos que completaram o estudo não terminou exatamente do modo aconselhado.
Por exemplo, os pesquisadores esperavam que dois dos grupos tirassem 25% das calorias de proteínas e os outros dois, 15%. Mas os quatro terminaram com 20% do montante de calorias originado de proteínas.
“Se você está feliz com uma dieta de pouca gordura, ou uma de pouco carboidrato, esse estudo diz que não importa. São igualmente boas”, afirma Christopher Gardner, de Stanford, que não esteve envolvido no estudo. No fim, afirma o pesquisador, as pessoas devem escolher a dieta mais fácil de ser mantida por elas. [MSN]