Desiree Jennings, de 25 anos, treinava para uma maratona e estava prestes a virar cheerleader profissional do time Washington Redskings, nos Estados Unidos, quando sua vida sofreu uma reviravolta. Dez dias após tomar uma vacina anti-gripal em 23 de agosto deste ano, a jovem começou a sofrer de uma condição neurológica raríssima, chamada de distonia.
A distonia causa contrações musculares involuntárias e incontroláveis, e Jennings não consegue mais realizar atividades comuns, como falar ou andar. Curiosamente, a condição não afetou algumas atividades motoras da garota, que consegue andar para trás e correr normalmente. Quando corre, Jennings consegue conversar normalmente também, mas quando o seu ritmo diminui, as contrações voltam.
É muito comum que pacientes que sofrem com distonia não saibam a causa da doença, mas os médicos que diagnosticaram a jovem acreditam que a vacina contra a gripe possa ter causado o problema. Mesmo assim eles afirmam que as pessoas não devem deixar de tomar a vacina, pois tais casos são muito raros e não há certeza da conexão entre a doença e a vacina.
Dez dias após receber a vacina, Jennings ficou gripada e começou a sofrer com os primeiros sinais da distonia. “No começo eu não conseguia comer sem desmaiar”, diz a garota. Agora, ela tem dificuldade para falar e para comer, além de ter um ritmo cardíaco mais alto que o normal para alguém da sua idade.
Jennings reportou o seu problema para o órgão de administração de medicamentos dos Estados Unidos, o FDA, questionando se havia algo de errado com a sua vacina. O FDA, entretanto, afirma que a vacina não apresentava problemas e que não receberam outras reclamações com relação ao mesmo lote do medicamento.
Embora a reação sofrida pela jovem seja extrema, médicos reafirmam que a vacina contra a gripe é segura, e que casos de distonia são raríssimos, e não se sabe se a causa realmente foi a vacina.