Segundo um novo estudo, as mulheres tendem a ter ciclos de sono mais curtos e anteriores ao dos homens.
Ou seja, isso pode fazer com que elas durmam mais cedo, e acordem mais cedo. Também pode causar taxas maiores de insônia e depressão sazonal entre as mulheres. Além disso, tem implicações na facilidade com que elas podem cair no sono, e o quão bem dormem e acordam.
Os pesquisadores estudaram os ciclos de sono de 52 mulheres e 105 homens durante duas a seis semanas em laboratório. Eles estudaram dois indicadores do ritmo circadiano dos participantes (o ciclo de 24 horas de sono e vigília das pessoas), a temperatura corporal e os níveis do hormônio melatonina.
Os pacientes seguiram horários extremos, por exemplo, um ciclo de sono-vigília de 20 ou 28 horas diárias, em vez dos 24 normais, em um quarto mal iluminado. Esse ambiente permitiu que os pesquisadores medissem os ritmos circadianos naturais dos indivíduos, que normalmente são remodelados diariamente pela exposição à luz natural.
Sem isso, o corpo retorna ao seu ciclo natural, que às vezes é maior ou menor que 24 horas. Neste estudo, cerca de 35% das mulheres tinham ritmos circadianos inferiores a 24 horas, em comparação com 14% dos homens.
Essa diferença é importante para as pessoas com depressão sazonal, tratadas com terapia de luz para repor o ritmo circadiano. Se eles têm um ciclo menor que 24 horas, eles precisam de luz à noite para compensar, e se for maior que 24 horas, eles precisam de luz nas manhãs.
Os pesquisadores também descobriram que, em média, o ciclo de sono e vigília de 24 horas das mulheres é cerca de seis minutos mais curto que o dos homens. Isso na teoria. Na prática, equivale a acordar 30 minutos mais cedo.
A descoberta dessa diferença de gênero no sono pode ter a ver com as diferenças nos níveis do hormônio estrogênio entre homens e mulheres. Isso significaria que os níveis hormonais podem alterar o ritmo circadiano, embora essa evidência em mulheres na pré e pós-menopausa sugira que os ciclos de sono estão relacionados à exposição hormonal durante o desenvolvimento, e não quando adulto.
Segundo os cientistas, descobrir o que controla o relógio biológico dos humanos é muito importante e tem implicações práticas que podem melhorar a qualidade de vida das pessoas. [LiveScience]