“Dizem que mulher é o sexo frágil, mas que mentira absurda…”. Quando cantou isso, Erasmo Carlos não sabia que estava tão certo.
De acordo com um novo estudo, o sexo feminino é geneticamente programado para resistir melhor a infecções, ao câncer e também possui um sistema de reserva para combater doenças.
A descoberta lança luz sobre por que os membros do chamado sexo “mais forte” sucumbem a uma gripinha.
Os seus sistemas de imunidade não são páreos para os de suas esposas e namoradas, por causa do cromossomo feminino X.
A razão pela qual as mulheres são mais vigorosas parece ter a ver com microRNAs – cadeias curtas de RNA codificado no cromossomo. RNA é o primo genético do DNA e pode ter importantes efeitos biológicos.
Os microRNAs têm o efeito de “silenciar” genes de imunidade no cromossomo X, de acordo com a nova pesquisa.
Isso deixa os homens em desvantagem já que eles só têm um cromossomo X. As mulheres têm dois, de modo que mesmo quando os genes de imunidade são silenciados em um, o outro pode compensar.
As estatísticas mostram que em humanos, assim como acontece com outros mamíferos, as fêmeas vivem mais do que os machos e são mais capazes de lutar contra episódios de infecção ou trauma. Os pesquisadores acreditam que é devido ao cromossomo X, que em humanos contém 10% de todos os microRNAs detectados até agora no genoma (código genético).
Vários microRNAs localizados no cromossomo X parecem ter funções importantes na imunidade e no câncer.
Do ponto de vista biológico, a diferença provavelmente evoluiu porque as mulheres precisam assegurar mais a sobrevivência da espécie. Elas precisam ser capazes de resistir à infecção durante a gravidez e quando nutrem uma criança.
Mulheres frágeis? É, mentira absurda. [Telegraph]