Quando se fala em Amazônia, nós brasileiros geralmente pensamos em um rico tesouro natural que está paulatinamente sendo destruído, explorado e diminuído por empresas estrangeiras. Mas pelo menos uma empresa está tomando uma iniciativa em favor de todo o ecossistema mundial: é a NASA, agência espacial americana, que está utilizando seu complexo aparato tecnológico para mapear as florestas do mundo inteiro.
Para fazer essa imensa tarefa, eles estão utilizando três satélites que atiram lasers do espaço. Sim, na nossa imaginação ocidental, atirar lasers do espaço parece coisa de alienígenas atacando a Terra, preparando uma invasão e querendo nos subjugar. Mas não é o caso: é uma tecnologia a laser que é capaz de uma varredura na superfície terrestre. Em sete anos, os satélites emitiram mais de 250 milhões de pulsos de laser, para cada qual se consegue um banco de dados sobre o que a área está abrangendo. As informações de cada área são a respeito de radiações, incidência de nuvens, nível e mudanças nos oceanos, atmosfera, entre outros dados.
A NASA pretende adicionar, dentro de dez anos, um quarto satélite aos três que já estão em funcionamento, com tecnologia superior para detalhar os dados já coletados. A missão mais importante destes satélites está relacionada às florestas. É de fundamental importância quantificar o carbono que circula pela vegetação de toda a Terra e a ligação com o dióxido de carbono proveniente de poluição industrial, presente na atmosfera.
Atualmente, segundo a NASA, a humanidade está lançando 7 bilhões de toneladas de dióxido de carbono por ano. Destas, 3 bilhões vão para na atmosfera e outros 2 bilhões caem nos oceanos. Os outros dois bilhões de toneladas têm um destino indefinido, de acordo com a agência espacial. A principal teoria é que as florestas ainda dão conta de capturar quase a totalidade desse carbono. Com a tecnologia em operação, há um grande auxílio para lutar contra desastres naturais, tais como incêndios e extinção de animais. [Mashable]