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Nova espécie de macaco é descoberta na Amazônia

A Amazônia é uma das primeiras coisas em que pensamos para definir o Brasil, mas esse ecossistema é tão vasto que ainda hoje se fazem descobertas na floresta em outros países. A Amazônia Colombiana foi palco, semana passada, da descoberta de uma nova espécie primata, pela ONG internacional “Conservation International”. Trata-se de um macaco Titi (ou sauá) (Callicebus caquetensis), um animal que corre alto risco de extinção devido à sua pequena população e a redução considerável de seu habitat nas últimas décadas. pequena população.

Na verdade, já se desconfiava da existência do caquetensis há mais de 30 anos, mas os grupos guerrilheiros armados, que habitam as selvas colombianas, não permitiam a aproximação de biólogos. Foi somente em 2008 que cientistas europeus, em pareceria com estudantes colombianos, puderam começar a buscar o novo espécime.

Um dos estudantes, José García, fez a descoberta subindo pelas margens do rio Caquetá, que corta a região onde os macacos vivem. Munido de um GPS, ele acabou encontrando 13 exemplares do caquetensis. Naquela área, os macacos titi (chamados de “zogui zogui” em espanhol) haviam demarcado um território exclusivo para eles. O caquetensis junta-se às mais de 30 espécies já existentes de macaco Titi.

Ele tem pelagem castanho-acinzentada, mas não tem uma faixa branca em sua testa como a maioria dos macacos Titi. Sua cauda longa é pontilhado com faixas acincentadas, e ele possui uma barba vermelha em torno do rosto.

Eles são macacos especiais. Ao contrário da maioria dos primatas, os macacos Titi são monogâmicos, e os casais são geralmente encontrados sentados em um galho, com as caudas entrelaçadas. Normalmente, a fêmea gera um filhote por ano. Assim que um filhote nasce, aquele que o antecedeu já sai da tutela dos pais.

Esta espécie recém-descoberta está lutando para sobreviver. Estima-se que existam menos de 250 indivíduos vivos, e uma população deve estar pelo menos na casa dos milhares para não ser considerada em extinção. A principal razão para este pequeno número é a degradação das florestas na região, que foram derrubadas para dar lugar a latifúndios agrícolas (qualquer semelhança com o Brasil não é mera coincidência). Os animais chegam a ter dificuldades para se deslocar de uma área arborizada à outra, devido às cercas de arame farpado.

Por conta desse risco iminente, a Associação Colombiana de Zoologia já está construindo uma central de conservação próxima à área onde o caquetensis foi descoberto. [Live Science]

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