A Hepatite E, conhecida por algumas comunidades científicas como a “Hepatite da pobreza” (devido à transmissão ser relacionada com más condições de higiene e ausência de saneamento básico), é especialmente nociva em crianças, idosos e mulheres grávidas. Mas a doença parece ter encontrado um adversário à altura: cientistas chineses desenvolveram uma vacina, ainda em fase experimental, que parece ser segura e eficaz.
Em um experimento envolvendo 97.356 participantes saudáveis na província litorânea de Jiangsu, cientistas da Universidade de Xianmen medicaram metade dos pacientes com a nova vacina e a outra metade com um remédio de efeito placebo. Foram aplicadas três doses da vacina. A segunda foi dada um mês após a primeira, e a terceira ocorreu cinco meses após a segunda. Durante o ano que se seguiu à aplicação da última dose, todos os participantes foram examinados.
Quinze pessoas medicadas com placebo foram infectadas com a Hepatite E, e ninguém contraiu a doença no grupo que tomou a vacina.
A vacina tem a vantagem de ser uma forma rápida de prevenção, explicam os cientistas. Em uma população onde há um surto de hepatite E, ou para um grupo de pessoas que pretende viajar para uma área endêmica, a proteção pode ser facilmente obtida por duas doses de vacina dada no prazo de um mês. Isso é especialmente benéfico quando se trata de mobilizar idosos e crianças para uma campanha. E a vacina não registrou nenhum efeito colateral.
As tais áreas endêmicas, geralmente, são regiões do planeta aonde ainda prevalece o esgoto a céu aberto em locais de grande população, que ocorrem em maior ou menor escala em todos os países em desenvolvimento. [Reuters]