Novo adesivo contraceptivo de R$ 4 funciona em segundos e dura um mês

Por , em 17.01.2019

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia (EUA) criaram um adesivo contraceptivo com microagulhas de baixo custo que precisa ser aplicado por apenas alguns segundos, permitindo que as mulheres obtenham uma dose que dura por um mês.

Quando o adesivo é utilizado, agulhas microscópicas se quebram na superfície da pele e administram o medicamento contraceptivo levonorgestrel.

O custo de tal adesivo, se for produzido em massa, é de apenas US$ 1 (no câmbio atual, cerca de R$ 3,74). No entanto, será preciso mais alguns anos até o tratamento ser disponibilizado aos consumidores.

Eficaz

Em um teste inicial com ratos, os pesquisadores descobriram que o adesivo, que contém 100 microagulhas, é capaz de administrar uma quantidade terapêutica do medicamento por mais de um mês com apenas uma aplicação.

O objetivo destes primeiros experimentos era determinar se o contraceptivo poderia fornecer levonorgestrel nos níveis corretos na corrente sanguínea dos animais.

No entanto, mais testes são necessários para garantir que os adesivos funcionarão efetivamente em seres humanos.

Vantagens

Ao contrário de alguns adesivos contraceptivos atualmente no mercado que exigem que a mulher os utilize continuamente, este pode ser descartado assim que as agulhas microscópicas se quebram na pele.

“Nosso objetivo é que as mulheres possam administrar contraceptivos de ação prolongada sozinhas, com o adesivo de microagulhas colocado na pele por cinco segundos apenas uma vez por mês”, disse um dos autores do estudo, Mark Prausnitz, em um comunicado.

No futuro, os cientistas esperam criar um adesivo que possa ser aplicado uma vez a cada seis meses.

“Em alguns cenários, fica difícil para uma mulher ir a um profissional de saúde e ter um contraceptivo de longa duração administrado”, disse Prausnitz. “Se você pudesse ter essa combinação de ação prolongada e algo que possa ser autoadministrado, é realmente interessante em muitos casos”.

Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Nature Biomedical Engineering. [USAToday]

Deixe seu comentário!