Apesar da sociedade igualitária, ainda há uma diferença desproporcional de homens contra mulheres em cargos de topo em empresas bem sucedidas.
E, segundo uma nova pesquisa, isso pode não ser inteiramente o resultado da discriminação. Em vez disso, pode ser que os homens sejam apenas mais confiantes do que as mulheres.
O estudo postula a teoria de que o honesto excesso de confiança dos homens – não a discriminação aberta – pode desempenhar um papel importante na dominação masculina dos empregos de nível executivo.
Enquanto parte da diferença de gênero persistente na liderança de empresas pode ser atribuída à discriminação, os pesquisadores procuraram determinar se existiam causas subjacentes a essa seleção, que vão além da discriminação consciente.
Eles examinaram como homens e mulheres pensam de si mesmos e reagem a incentivos para ver se isso poderia criar diferenças de gênero que levam a diferenças de liderança.
Especificamente, a tendência dos homens a apresentar excesso de confiança natural em seus desempenhos passados pode repercutir em uma falta de uma maior representação feminina na gestão superior e cargos executivos.
Os pesquisadores realizaram dois estudos em que eles descobriram que os homens eram mais propensos a superestimar seu desempenho em um grau mais elevado do que as mulheres.
Enquanto não houve diferença de gênero quando se tratava de mentir, havia um diferencial significativo de gênero quando se tratava de excesso “honesto” de confiança.
O estudo sugere que os recrutadores das empresas devem considerar o excesso de confiança quando avaliam reivindicações dos candidatos do sexo masculino sobre seu desempenho.
Empregadores que não estão cientes da tendência dos homens de, inconscientemente, inflar seu desempenho podem achar que esse excesso de confiança significa desempenho verdadeiro, e perder melhores candidatos do sexo feminino.
Além disso, os pesquisadores acreditam que esse aspecto da diferença de gênero é difícil de corrigir.
“Não é apenas uma questão de pedir os homens para não mentir, porque eles honestamente acreditam que seu desempenho é 30% melhor do que realmente é. Do mesmo modo, não é como se pudéssemos simplesmente dizer às mulheres que elas devem inflar seu próprio senso de excesso de confiança para igualar com o dos homens”, disse o líder do estudo, Ernesto Reuben.[LiveScience]