Quando falamos em “festival”, logo a imagem que nos vem a mente é a de concertos ao ar livre, talvez alguma exposição de arte ou algo mais dinâmico como uma apresentação de dança. A lista a seguir prova que o conceito de “festival” vai muito além disso. Muito mesmo!
Nenhuma mãe gosta quando sua criança começa a chorar, mas no Naki Sumo as lágrimas são a atração principal. Realizado no Templo Sensoji, na capital japonesa, o festival anual é uma tradição de 400 anos. Acredita-se que o evento mantém os pequenos saudáveis.
Lutadores amadores de sumô levantam as crianças e as assustam até que elas chorem enquanto um juiz de sumô acompanha o embate. O bebê que chorar mais alto e durante mais tempo é considerado vencedor. No festival desse ano, 80 crianças, todas com menos de um ano de idade, disputaram a gritos o título de campeão.
Os pênis estão por todos os lugares: em ilustrações, na decoração, no formato dos vegetais e até dos doces. Esse é o Festival do Pênis de Aço, realizado todo ano na cidade de Kawasaki, no Japão. O festival está centrado num santuário de formato fálico, usado antigamente por prostitutas que rezavam para se proteger contra doenças sexualmente transmissíveis. Hoje, o festival se tornou uma atração turística e é usado para angariar fundos para pesquisas sobre o vírus HIV.
Isso mesmo, luta com cavalos. Já pensou? No tradicional festival, homens e mulheres duelam com os animais sem utilizar nenhum tipo de arma, a não ser a própria força física (do humano e do cavalo). O objetivo é cortar a crina e o rabo dos animais (aí sim, usando tesouras). No fim dos três dias de festividades, os cavalos são soltos, sem crueldade ou mortes.
O carnaval de Ivrea é um dos maiores festivais italianos graças a um ingrediente em particular: as laranjas. A batalha das laranjas tem origem na revolta do povo contra o Conde Ranieri de Biandrate, no longínquo ano de 1194. Realizada desde o século XVII, representa a liberdade de expressão da população. São três dias de guerra bem organizados pelas ruas e praças da cidade. Competem nove equipes e quase 3 mil pessoas.
Todo outono, o estado de Montana organiza o maior festival de testículos (comestíveis) do mundo, quando 15 mil apreciadores da iguaria se reúnem. No cardápio, testículos empanados, marinados na cerveja ou fritos. O evento não é um programa familiar: os participantes devem ter ao menos 21 anos e estar cientes de que os testículos de boi não serão as únicas partes íntimas a ficarem expostas.
Para celebrar o animal-símbolo do estado, uma pequena cidade do Alasca organiza um festival onde o esterco do bicho é lançado ao ar pelos participantes da festa. Criativos, não? Se o estrume sob sua tutela for o mais perto a alcançar o alvo, você pode ganhar mil dólares. É só colocar a mão na massa.
A estrela da festa é a boa e velha lama. O evento é anual e acontece desde 1998 – sua popularidade é tamanha que, oito anos depois da primeira edição, já atraía um milhão e meio de visitantes para a cidade de Boreyong, na Coreia do Sul.
A grande atração do festival é a reconstrução da batalha entre cristãos e mouros que se seguiu à invasão dos estrangeiros na cidade de Alcoy. Vestes da época, armaduras e espadas são utilizadas para criar o clima. Milhares de guerreiros produzem o espetáculo e trasformam a cidade numa grande festa, que dura três dias inteiros na última semana de abril.
A cidade de Argungu, no interior da Nigéria poderia ser apenas mais uma aldeia de pescadores se não fosse o curioso festival que ocorre lá. Durante quatro dias, os participantes competem para ver quem pega o maior peixe (“pega” mesmo, já que eles só podem usar as próprias mãos). O evento ficou tão famoso que os turistas costumam chegar até um mês antes do festival para sentir o clima. Além da inveja de uns e admiração de outros, o vencedor da competição recebe prêmios como viagens e até carros.
A cada ano, milhares de turistas vão a uma pequena ilha próxima a Hong Kong para ver os participantes da festas escalarem um montanha de 18 metros de bun, uma espécie de pãozinho enrolado. O objetivo é colher a maior quantidade de buns possível– que, no caso, são feitos de plástico – até que não reste mais nenhum na torre. Apesar da atual perda de popularidade, o festival continua sendo frenético e até violento em alguns momentos. [Oddee]