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Os ursos polares ainda podem ser salvos da extinção

Cientistas previram em 2007 que dois terços dos 22.000 ursos polares do mundo desaparecerão até a metade do próximo século. Agora, pesquisadores afirmam que reduzir as emissões dos gases do efeito estufa globalmente poderia salvar os ursos polares e seu habitat Ártico.

Estudos anteriores sugeriram que as emissões industriais de gases do efeito estufa já poderiam ter aumentado as temperaturas globais, o que resultaria em rápida perda de gelo, talvez irreversível, no Ártico. Agora, a nova pesquisa afirma que essas previsões terríveis podem ser evitadas se as sociedades industriais agirem rapidamente para reduzir as emissões.

A chave para o argumento é a conclusão de que não há um “ponto de inflexão” no Ártico, além do qual a batalha já está perdida.

Os pesquisadores testaram o que aconteceria se os seres humanos permitissem que as emissões de gases do efeito estufa subissem até ao nível em que perdas rápidas de gelo começassem a ocorrer, e, em seguida, parassem o aumento das emissões nesse ponto.

Eles descobriram que, se os seres humanos fizessem isso, o gelo continuaria a declinar após esses eventos de perda rápida, mas haveria alguma recuperação substancial e, em seguida, a manutenção do gelo marinho ao longo do século. Ou seja, a boa notícia para os ursos polares é que não existe um ponto de inflexão para além do qual os animais e seu habitat ártico não pode se recuperar.

Segundo os pesquisadores, as previsões negativas “esquecem” muitos fatores. Há uma série de outros fatores termodinâmicos, como o congelamento rápido, que tende a compensar os efeitos que estão trabalhando para fornecer esses pontos de inflexão.

Mas os pesquisadores alertam que essa é apenas uma previsão. Para se ter uma boa compreensão física do mundo natural, é importante executar modelos de previsão. Mas é igualmente importante lembrar que eles são apenas modelos, e não a realidade. Normalmente, há vários futuros possíveis, e não um futuro certo. [BBC]

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