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Pancadas na cabeça durante a vida aumentam a chance de doenças neurológicas

Se você já assistiu a episódios de “Os Simpsons”, talvez se lembre que o nosso amigo Homer tem a notória mania de bater a cabeça em qualquer lugar por onde passa, soltando seu clássico “D’oh”. Bem, cientistas da Universidade de Rochester (Nova Iorque, EUA) fizeram um estudo que indica os malefícios neurológicos de levar freqüentes pancadas na cabeça. Assim, estaria explicada cientificamente a razão de Homer ser tão, digamos, limitado.

Os pesquisadores afirmam que bater a cabeça repetidamente ao longo dos anos pode ser responsável por desencadear doenças como o Mal de Alzheimer e a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), lesão neurológica degenerativa famosa por ter acometido Lou Gehrig, um famoso jogador de baseball dos EUA no início do século.

A partir do caso de Gehrig, morto em 1940, os pesquisadores investigaram os quadros médicos passados de 12 atletas que foram vítimas de freqüentes choques no crânio ao longo da carreira, tais como boxeadores, jogadores de hóquei, futebol americano, além de jogadores de baseball que jogam na base, posição onde são alvo fácil para boladas. Descobriu-se que a maior parte teve problemas neurológicos, depois da aposentadoria, decorrente das lesões durante o período de atividade.

A relação existe, explicam os cientistas, porque as periódicas pancadas criam lesões permanentes, mas imperceptíveis. A cada choque, a lesão aumenta, e as áreas atingidas continuam a se degenerar depois que a pessoa não está mais sofrendo pancadas. Em determinado momento, a lesão desencadeia uma doença mais grave. Isso confundia os médicos, porque a doença surgia sem motivo aparente.

A solução, segundo os médicos, é tratar o atleta com medicamentos ainda durante o período em atividade. As lesões são agravadas constantemente devido aos danos causados a uma proteína cerebral, chamada TDP-43. Já existem atualmente remédios capazes de restaurar as reservas de TDP-43 enquanto foram pouco danificadas. O problema é quando se deixa desenvolver um quadro neurológico mais grave. [Reuters]

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