Fósseis encontrados na Irlanda indicam que os ursos polares modernos são descendentes de uma ursa fêmea marrom. A ursa ancestral viveu entre 20 e 50 mil anos atrás, no auge da última era glacial, na Irlanda ou na Grã-Bretanha.
As duas espécies de urso, o polar e o pardo, tem diferenças significativas: enquanto os polares são exímios nadadores, os pardos são ótimos escaladores, além de todas as diferenças de pelo e características físicas. Tudo indica que as mudanças climáticas bruscas – calor ou frio excepcional – fizeram com que essas diferentes espécies se deslocassem e cruzassem.
Um marcador genético em todos os ursos polares que vivem atualmente comprova que eles tiveram origem na fêmea parda, que teve o DNA do fóssil analisado. A pesquisa mostrou que a hibridação entre as espécies aconteceu muito antes do que os cientistas acreditavam, sendo que as espécies se cruzaram em muitas ocasiões nos últimos 100 mil anos.
Pesquisas anteriores indicaram que o urso marrom contribuiu com material genético à linhagem mitocondrial do urso polar – a parte materna do genoma, ou o DNA que é transmitido exclusivamente pelas mães aos filhotes. Entretanto, até agora, não estava claro quando os ursos polares modernos adquiriram o genoma mitocondrial em sua forma atual.
O estudo deve contribuir no conhecimento dos ursos polares, e quem sabe, na sua preservação – a espécie, hoje, está na lista das ameaçadas de extinção. [Telegraph]