Uma nova pesquisa se atreve a afirmar, cientificamente falando, que o pensamento positivo leva a menos casos de derrames.
Não, não é simplesmente o fato de que as pessoas que parecem mais felizes são mais propensas a cuidar melhor de si mesmas – apesar de isso ser verdade, os cientistas também dizem que ser mais positivo pode ter realmente um efeito biológico direto.
Estudos anteriores haviam descoberto uma ligação entre otimismo e menor risco de eventos cardiovasculares, como ataques cardíacos. Este é o primeiro a sugerir que pessoas mais velhas que olham para o lado positivo da vida tendem a sofrer menos de derrames, que podem matar ou deixar pacientes parcialmente paralisados pela vida.
Psicólogos da Universidade de Michigan, EUA, acompanharam 6.000 pessoas com mais de 50 anos por dois anos, nenhum delas tinha sofrido um derrame antes. Durante o período do estudo, 88 derrames ocorreram, alguns fatais e outros nem tanto. Pequenos derrames (acidente isquêmico transitório) foram excluídos.
No início da pesquisa, cada participante respondeu um questionário acerca de sua visão da vida. Eles responderam o quanto concordavam ou não com uma série de afirmações como “Em tempos incertos, eu costumo esperar o melhor” e “Se alguma coisa pode dar errado comigo, dará”.
Apesar de ser difícil de quantificar, os pesquisadores calcularam uma escala de otimismo variando de 3 a 18 pontos. O resultado foi surpreendente: eles concluíram que a característica era fortemente relacionada com a redução do risco de derrame. Para cada “unidade” a mais de otimismo, a chance de derrame caía 9%.
Os cientistas explicam que as pessoas que esperam melhores coisas da vida tomam medidas ativas para promover sua saúde. No entanto, além disso, há algumas evidências de que o otimismo tenha um efeito direto biológico também, talvez estimulando o sistema imunológico.[Telegraph]