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Pense em aranhas subindo pelo seu corpo… Não te deu coceira? Veja por que

Provavelmente não tem nenhuma formiga ou aranha subindo suas costas, e andando em toda a volta do seu pescoço agora. Mas não seria melhor você se coçar e atirá-las para longe de qualquer jeito?

Essa é a ideia: quando vemos, falamos, ou mesmo pensamos em insetos nojentos rastejantes, a sensação de que eles estão no nosso corpo logo vem: sentimos coceira em todo lugar.

E porque isso acontece? Os especialistas não têm certeza. A neurocientista Wenqin Luo coloca a culpa dessa coceira fantasma nas memórias de nosso passado. Pensar sobre insetos pode trazer de volta memórias de experiências anteriores; “associações de coceira”.

Mas por que, então, quando pensamos em lesões, nossos corpos não sentem prontamente dores fantasmas?

“Comparado com coceira, a dor é um mecanismo de proteção sério que desencadeia um comportamento de evitação. Assim, o limiar para desencadear uma sensação de dor pode ser muito maior do que a coceira”, explica a Dra. Luo.

Basicamente, a teoria da neurocientista é de que se nossos cérebros registrassem dor (perigo) tão facilmente quanto comichão (aborrecimento), nossos corpos seriam enviados em estados constante de falso alarme.

O neurocientista Glenn J. Giesler oferece uma teoria ligeiramente diferente sobre o culpado da coceira fantasma: talvez a nossa pele sempre experimente sensações minúsculas capazes de causar coceira, mas nós apenas observamos a situação quando tem “motivos” (pensamos nisso).

“É incrível como é fácil induzir a coceira nos outros”, diz o Dr. Giesler. “Sempre que eu dou uma palestra sobre o tema, me divirto com o percentual de pessoas na plateia que começa a se coçar. Talvez, o limiar para a sensação de coceira é reduzido por pensar nela”.

Segundo o professor de dermatologia Gil Yosipovitch, um fenômeno relacionado a coceira fantasma, “coceira contagiosa” (isto é: não sentir coceira por causa de um estímulo físico, mas porque vemos outra pessoa se coçar), é uma resposta comportamental semelhante ao bocejo contagioso. Ambos são uma forma do nosso corpo de expressar subconscientemente empatia e compaixão para com nossos semelhantes. Primatas exibem o comportamento também.[MSN]

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