Um estudo mostra que a pirataria do BitTorrent pode não ter o impacto negativo, tão alardeado, nos bolsos dos produtores de filmes dos Estados Unidos.
Os consumidores americanos têm mais tendência a ir ao cinema, mesmo com as numerosas opções de download disponíveis. Além disso, na época do lançamento dos filmes, as únicas opções disponíveis para download são as gravadas com câmeras comuns dentro do cinema.
Já os consumidores internacionais, devido à eventual falta de opções de lançamentos, podem escolher a pirataria como saída.
Contrariando os argumentos oferecidos pela RIAA e a MPAA (Associação dos Produtores Americanos de Cinema), de que a pirataria online prejudica as vendas, o estudo da Universidade de Minnesota e da Faculdade Wellesley prova o contrário.
“Nós não vemos evidências de grandes perdas nas vendas, e sugerimos que a demora na entrega legal do conteúdo para fora pode aumentar a pirataria”, comentam os pesquisadores. “Descobrimos que longas esperas para o lançamento do filme estão associadas com perda de vendas”.
Os grupos de direitos autorais culpam a pirataria online pela queda na renda. E parece que as grandes companhias cinematográficas não vão se manter menos firmes com relação aos usuários da internet.
“Resumindo, não vemos muita evidência de que a pirataria afeta as vendas americanas, apesar de que esses dados devem ser tomados de maneira cuidadosa, já que o experimento americano fica menos claro para a pirataria internacional”, comentam os pesquisadores.
Ao invés de atacar diretamente a pirataria online, os grupos de cinema precisam focar no número de cinemas em diferentes países, assim como na redução do tempo de espera para os lançamentos.
Por enquanto, parece que os grupos de direitos autorais vão continuar sua batalha. A MPAA vai aumentar a pressão sobre o governo americano para reforçar a legislação antipirataria. [DailyTech]