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Placebos mudam a interpretação da dor no cérebro

Há quem acredite que remédio pode ser “psicológico”. Pelo menos, várias pesquisas mostram que placebos se mostram tão eficazes quanto os medicamentos reais em curar a dor de pacientes. Será que funcionaria com você? Uma nova pesquisa é capaz de responder essa pergunta através de uma varredura do cérebro.

Os pesquisadores analisaram dois estudos que envolveram o escaneamento do cérebro de pessoas que receberam um estímulo doloroso. Os voluntários receberam um creme ineficaz para aliviar a dor. Um dos grupos de participantes soube que o remédio era falso, ao outro foi dito que o creme era um analgésico.

Ao comparar as respostas do cérebro de cada grupo, os pesquisadores identificaram várias estruturas cerebrais mais ou menos ativas antes e durante o estímulo doloroso.

Nos que receberam placebo, a atividade caiu em áreas de processamento da dor, mas aumentou nas áreas envolvidas na emoção. Isto sugere que, em vez de bloquear os sinais de dor no cérebro, o placebo muda a interpretação da dor.

No outro grupo, um monte de ação aconteceu quando as pessoas estavam esperando a dor. Isso mostra que a resposta do placebo tem a capacidade de reavaliar o significado da dor antes que ela aconteça.

A equipe criou um mapa das áreas cerebrais relevantes com as informações recolhidas dos participantes. Segundo os pesquisadores, esse mapa pode ser útil para prever quanto do efeito de uma droga é devido a uma “resposta placebo”, para em seguida identificar bons candidatos para uma terapia com placebo.

Em muitas pesquisas, o placebo parece funcionar tão bem quanto o remédio ativo. É difícil para os cientistas provar a superioridade de medicamentos experimentais ao tratamento com placebo. Prever quais são as pessoas que respondem ao placebo pode ajudar a lidar com esse desafio. [NewScientist]

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