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Planeta recém encontrado está se desintegrando

Você já acessou a Enciclopédia dos Planetas Extra-Solares (exoplanetas)? É um espaço na internet no qual é possível ficar por dentro de todas as descobertas de planetas do universo além do sistema solar. Pode parecer uma ocorrência rara, mas a humanidade já descobriu mais de 760 destes planetas, e outras centenas de “candidatos” a planetas.

Na última semana, a NASA anunciou um novo achado. A mais de 1.500 anos-luz da Terra (mas ainda dentro da Via Láctea), existe uma estrela chamada KIC 12557548. Aparentemente, existe um planeta orbitando esta estrela. O único problema: segundo as observações, esta órbita é próxima demais, o que faz o planeta “vaporizar” lentamente.

Como encontrar planetas pela galáxia?

Os dados foram coletados pelo observatório espacial Kepler, que foi lançado em março de 2009 e cuja órbita percorre a mesma trajetória que a Terra faz em torno do sol. Ou seja, a sonda persegue a Terra em seu movimento anual de translação.

Essa posição foi escolhida estrategicamente, e permite ao artefato espacial procurar planetas pela Via Láctea com um engenhoso sistema. A sonda não rastreia os planetas em si, mas sim as estrelas. A ideia é focar em estrelas espalhadas pela galáxia e ficar de olho no brilho delas. Qualquer perturbação luminosa ou visual pode indicar a presença de um planeta.

Uma órbita próxima demais

Examinando a longínqua estrela, os astrônomos detectaram uma perturbação. Ao que parece, um planeta mais ou menos do tamanho de Mercúrio está deixando um rastro de poeira cósmica pelo espaço enquanto percorre sua órbita.

A razão para isso, de acordo com os cientistas, seria o fato do planeta e a estrela estarem afastados por uma distância de apenas duas vezes o diâmetro da estrela (como referência, a Terra está separada do sol por mais de cem vezes o diâmetro dele). Com isso, este novo planeta leva apenas 15 horas para circundar a KIC 12557548.

Tal proximidade faz com que o planeta esteja assando a uma temperatura de cerca de 1980 graus Celsius. É bem menos do que a superfície do nosso sol (que ferve a mais de 5500 graus Celsius), mas a proximidade é fatal. Nem o material rochoso é forte o bastante para não derreter com essa exposição. O planeta está se desmanchando.

Mas se você acha que este processo de desintegração será tão rápido que nem vale a pena incluir o planeta no catálogo, está enganado. Esta “vaporização” não acontece do dia para a noite. As estimativas apontam que ele só se dissolverá totalmente em cem milhões de anos. Ainda dá tempo de descobrir um pouquinho mais sobre ele. [Live Science / Astronomia On-line / Exoplanet / USP]

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