Os pesquisadores Dimitri Veras, da Universidade de Warwick (Reino Unido), e Alexander Wolszczan, da Universidade Estadual da Pensilvania (EUA), estão planejando vasculhar os céus em busca de sinais de rádio de bizarros que são os sons de planetas mortos.
Como assim?
Planetas normalmente orbitam estrelas. Uma estrela como o nosso sol, quando morre, se torna uma gigante vermelha. Neste ponto, fica tão quente que queima tudo que a circunda.
Esses planetas, depois de torrados, se tornam apenas núcleos metálicos sem vida orbitando as gigantes vermelhas. Estas, por sua vez, logo se tornarão anãs brancas, uma espécie de última fase de vida de tais objetos espaciais.
Curiosamente, o campo magnético entre uma anã branca e os “cadáveres” de planetas remanescentes em sua órbita pode emitir ondas de rádio capazes de serem captadas por radiotelescópios daqui da Terra.
E é exatamente isso que os pesquisadores querem encontrar.
Por quê?
“Ninguém nunca encontrou apenas o núcleo nu de um grande planeta antes, nem nunca encontrou um grande planeta apenas monitorando assinaturas magnéticas, nem nunca encontrou um planeta grande em torno de uma anã branca. Portanto, qualquer descoberta aqui representaria algo inédito em três sentidos diferentes”, explicou Veras em um comunicado.
Uma descoberta deste tipo seria ainda muito empolgante porque o nosso próprio planeta pode acabar como um zumbi orbitando uma anã branca – mas sem causa para desespero, porque isso só ocorreria daqui alguns bilhões de anos.
Por enquanto, os pesquisadores ainda discutindo e definindo quais anãs brancas são as melhores candidatas para procurarmos por tais sinais de rádio. Um pouco desse “guia” foi publicado em um artigo na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
O futuro, assim, pode nos trazer novidades interessantes. [Cnet]