A morte da cantora Amy Winehouse – bem como piadas sobre sua vida desregrada e as teorias da maldição dos 27 anos, idade em que Amy e outras estrelas faleceram – fez manchetes internacionais no último sábado.
Ontem, um inquérito sobre sua morte foi aberto e adiado antes de um exame post mortem, que irá tentar determinar a causa da morte da britânica, que a polícia tem até agora descrito como “inexplicável”.
O jornal inglês The Sun disse que Amy foi encontrada morta em sua cama em torno das 15:00 horas, horário local, cerca de seis horas depois de ter telefonado para sua equipe de gerência.
No velório de Amy, cercado por equipes de televisão e simpatizantes, seu pai Mitch leu dezenas de mensagens de condolências e andou ao longo de ursos de pelúcia, flores, e ocasionais garrafas de vodca deixadas por fãs da cantora problemática. Ele agradeceu todas as pessoas presentes, dizendo que significava muito para sua família.
As vendas de produtos da Amy Winehouse subiram, e especulações giram sobre o lançamento de um álbum póstumo. Sua morte provocou uma onda de demanda por sua música. Como acontece quando qualquer lenda do mundo musical morre, CDs não param de ser vendidos e baixados.
Ao mesmo tempo, um humor sombrio paira sobre o norte de Londres, onde a cantora morava. Fãs de lugares tão distantes quanto Colômbia, México, Itália e Espanha se juntaram ao santuário improvisado, alguns deles incapazes de conter as lágrimas.
A batalha de Amy com o álcool e as drogas é bem documentada, sendo sua canção mais famosa, “Rehab”, dedicada exatamente a essa história. A britânica canta: “Eles tentaram me mandar para a reabilitação, mas eu disse que não, não, não”.
Ela ganhou aclamação da crítica após o lançamento do seu álbum “Frank”, em 2003, antes de se tornar um fenômeno mundial com o sucesso “Back to Black”. Amy passou de alegre cantora adolescente de uma família judia a alguém que mal conseguia andar em seu show final, na Sérvia.
O jornal Daily Telegraph afirmou que há muito material gravado antes da morte de Amy, que poderia ser lançado como um álbum póstumo; isso dependeria da liberação de seus pais. O porta-voz da cantora, entretanto, não confirmou o lançamento de um terceiro álbum.
O inquérito sobre a morte de Winehouse só será retomado em outubro.[Reuters]