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Próxima geração de TVs será de ‘pontos quânticos’

Cientistas desenvolveram uma nova forma de cristais emissores de luz, conhecidos como “pontos quânticos”, que podem ser usados para produzir televisores ultrafinos apelidados de QD TV.

Os minúsculos cristais, que são 100.000 vezes menores que a largura de um cabelo humano, podem ser impressos em folhas de plástico flexíveis, que podem se tornar telas finas facilmente transportadas, ou telas gigantes.

As primeiras televisões de ponto quântico serão como as atuais televisões de tela plana, mas com a cor melhorada e displays mais finos. Elas devem estar disponíveis nas lojas até o final do próximo ano. A versão mais flexível deve demorar pelo menos três anos para chegar ao mercado.

“Estamos trabalhando com algumas das principais empresas de eletrônicos asiáticos. Os primeiros produtos que devem chegar ao mercado usando pontos quânticos serão a próxima geração de televisores de tela plana”, disse Michael Edelman, diretor executivo da Nanoco, empresa criada pelos cientistas por trás da tecnologia na Universidade de Manchester.

Edelman não pode revelar quais empresas estão trabalhando com a Nanoco devido a acordos comerciais, mas as gigantes eletrônicas Sony, Sharp, Samsung e LG podem estar trabalhando na tecnologia de pontos quânticos.

A maioria dos televisores produzidos hoje tem uma tela de cristal líquido (LCD) iluminada por diodos emissores de luz (LED), com tela de 2 a 3 centímetros de espessura. Substituir os LEDs por pontos quânticos pode reduzir essa espessura.

Segundo o diretor executivo, no entanto, a vantagem real fornecida pelos pontos quânticos é que eles podem ser impressos em uma folha de plástico que pode ser facilmente manipulada. É provável que essa tecnologia se transforme em pequenos dispositivos pessoais, pela flexibilidade.

Também, a escassez de elementos necessários para a fabricação das telas atuais tem aumentado os custos de produção, levando as empresas de eletrônicos a procurar novas maneiras de produzi-las.
Pontos quânticos são fabricados a partir de materiais semi-condutores baratos que emitem luz quando energizados por eletricidade ou luz ultravioleta.

Mudando o tamanho dos cristais, os pesquisadores descobriram que podem manipular a cor da luz que eles produzem. A colocação de pontos quânticos em telas LEDs regulares também pode ajudar a produzir uma luz colorida mais natural. “Como as cores são muito brilhantes e precisam de pouca energia, atraíram a atenção da indústria de eletrônicos. A qualidade de exibição que pode a nova tecnologia produzir será muito superior a televisores LCD”, explica Paul O’Brien, cientista envolvido na pesquisa.[Telegraph]

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