Pela primeira vez, cientistas puderam observar o funcionamento interno de uma aranha viva, a partir de imagens de ressonância magnética. A aranha escolhida foi uma tarântula, também conhecida como caranguejeira. Elas podem ter um aspecto sinistro, mas sim, também tem coração.
As imagens captadas mostram o sangue fluindo e revelam que a aranha consegue fazer o sangue circular em todo o seu corpo com um único batimento. A técnica já tinha sido utilizada por cientistas para examinar o corpo de roedores e com ela também foi possível explorar o funcionamento interno do grande aracnídeo de maneira satisfatória.
Além de ser possível ver o sangue fluindo através do coração, os cientistas notaram o que parece ser uma batida de coração dupla, um tipo de contração que nunca tinha sido considerado antes nas aranhas.
Os cientistas também puderam medir a frequência e o gasto cardíaco com muito mais precisão do que com métodos anteriores. A partir da técnica, também será possível explorar e descobrir mais sobre a fisiologia e o comportamento das aranhas. Um uso importante disso será para verificação da composição química do veneno da aranha, que pode ter aplicações na agricultura como um pesticida natural.
A partir desse novo uso da ressonância magnética, os cientistas também poderão avançar na área do estudo do desenvolvimento da inteligência humana, relacionando a ressonância de exames cerebrais com os de aranhas e com dados de outros vertebrados. [BBC]