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Por que homens brancos têm salários maiores?

Apesar de todos os avanços e aumento da igualdade nas últimas décadas, homens brancos ainda recebem de 20 a 25% mais do que mulheres e minorias (negros e imigrantes, por exemplo) que realizam o mesmo trabalho, nos EUA.

Uma nova pesquisa afirma explicar o motivo dessa diferença nos pagamentos: em pesquisas de satisfação, clientes comerciais e pacientes de médicos afirmam preferir homens brancos, o que faz com que empregadores contratem e realizem os pagamentos de acordo com a preferência dos clientes.

Para realizar o estudo, pesquisadores exibiram vídeos feitos com atores, que mostravam um homem negro, uma mulher branca ou um homem branco como um empregado ajudando um cliente. Os vídeos com o empregado branco tiveram uma classificação 19% mais satisfatória pelas pessoas que participaram da pesquisa, que também afirmaram estar mais satisfeitas com a limpeza e aparência da loja. Apesar dos resultados diferentes, todos os atores tinham as mesmas ações, e a loja, os ângulos de filmagem e a iluminação eram iguais para todas as imagens.

De acordo com David Hekman, da Universidade de Wisconsin (EUA), clientes são levados a ter tendências favoráveis a homens brancos, e isso é refletido nas contratações e pagamentos. “A satisfação dos clientes é importante para a sobrevivência das organizações, por isso os donos de negócios e gerentes contratam homens brancos sempre que possível, e pagam salários menores para mulheres e minorias”, afirma.

Hekman faz uma crítica quanto ao modo que as pesquisas de opinião são conduzidas. De acordo com ele, as pesquisas deveriam tratar de características específicas: em vez de perguntar a um paciente se ele recomendaria um médico, perguntar quantas vezes o médico perguntou ao paciente se ele tinha dúvidas ou se ele entendia os termos médicos usados. Além disso, Hekman afirma que as pesquisas de opinião não deveriam ser anônimas, para que tivessem maior seriedade: “As pessoas fazem todo tipo de coisa errada quando sabem que estão anônimas – é só olhar os comentários de qualquer blog para confirmar isso”. [Live Science]

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