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Tecnologia ‘Pré-crime’ detecta pensamentos hostis estilo Minority Report

Cientistas dos EUA estão desenvolvendo um sistema para detectar “pensamentos hostis” em pessoas atravessando postos de fronteira, aeroportos e locais públicos. O Department of Homeland Security (DHS) disse que testes recentes provam que o equipamento funciona.

O antes chamado de Project Hostile Intent (Projeto Intenção Hostil) tem como objetivo ajudar o pessoal da área de segurança a detectar quem deve ser escolhido para ser gentilmente revistado ou questionado.

O nome atual do projeto é programa Future Attribute Screening Technologies – FAST (Tecnologia de Classificação de Atribuição Futura, em tradução livre) e a tecnologia parece promissora.

Foi solicitado para que 140 voluntários passassem entre um par de trailers carregados com uma bateria de sensores FAST que incluem câmeras, sensores de calor infravermelhos e um radar laser chamado Bio-Lidar, que mede o pulso e a respiração à distância.

Foi solicitado para alguns dos voluntários agirem de maneira evasiva, instável, enganadora e hostil. Muitos foram detectados. “Nós ainda estamos nos estágios iniciais desta pesquisa, mas [a tecnologia] parece muito promissora”, disse John Verrico, porta-voz científico do DHS. “Nós chegamos a 78% de precisão na detecção de má intenção e em 80% dos enganadores.”

Isso parece incrivelmente alto para estágios iniciais de pesquisa, mas apenas testes em vastas quantidades de pessoas reais, ao invés de voluntários, será uma amostragem ideal.

Também há questões relativas à segurança do sistema, pois os sensores poderiam revelar condições de saúde como sopros cardíacos, problemas respiratórios e nível de estresse, o que seria uma invasão de privacidade. Mas John disse que o FAST está sobre restritos controles de privacidade e que os dados nunca seriam ligados a nenhum nome. Será apenas usado para tomar a decisão se a pessoa deve ser questionada e, em seguida, os dados serão descartados.

A tecnologia atual foi instalada em trailers para que possa ser facilmente transportada de maneira que o FAST possa ser alocado em eventos de esporte, música, etc. quando necessário. O objetivo é que eles se tornem comuns neste tipo de evento coletivo.

Mas será que fará mesmo diferença? Ou os bandidos irão aprender a superar o sistema? Se pensarmos que a FAST não é muito diferente dos antigos e pouco confiáveis polígrafos, isso é certamente plausível. [NS]

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