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Puxar o saco do chefe faz bem para a saúde

Encontramos uma maneira de justificar o “puxa saquismo”: segundo uma nova pesquisa, puxar o saco do patrão pode fazer mais do que manter seu emprego; também pode mantê-lo saudável.

O estudo sugere que os profissionais politicamente esclarecidos que deliberadamente babam no chefe como forma de melhorar sua posição no trabalho podem evitar o estresse psicológico que os outros (não tão astutos) passam.

Especificamente, a pesquisa mostra que os trabalhadores que usam tais habilidades no escritório muitas vezes neutralizam sentimentos de ostracismo que os outros profissionais tendem a ter que lidar.

Forma adulta de bullying, os funcionários que sofrem ostracismo descrevem a sensação de estarem sendo ignorados e excluídos pelos colegas. Essas pessoas frequentemente experimentam maior tensão, esgotamento emocional e depressão.

O ostracismo no local de trabalho não é um problema novo. Uma pesquisa de 2005 descobriu que, ao longo de um período de cinco anos, 66% dos trabalhadores achavam que eram sistematicamente ignorados pelos colegas, enquanto 29% relataram que
outras pessoas intencionalmente saíam da área quando eles entravam.

Segundo os pesquisadores, esse comportamento pode levar a inúmeros efeitos negativos, tais como aflição psicológica, taxa de rotatividade e saúde física ruim. As pessoas precisam satisfazer suas necessidades psicológicas através da interação social e, quando suas necessidades não podem ser cumpridas, esses efeitos negativos ocorrem.

Pesquisas também mostram que o estresse mata. Ele pode aumentar o risco de uma série de males, de hipertensão a resfriados, até câncer.

Mas puxar o saco não é simplesmente puxar o saco. Kwong Kwan Ho, um dos principais autores do estudo, disse que a chave reside na forma como o empregado lê a linguagem corporal e as expressões de seus colegas de trabalho.

Aqueles que não são politicamente muito experientes podem tornar as coisas piores se quiserem ser o “queridinho do chefe”.

Os cientistas acreditam que seja fundamental que as empresas criem uma cultura que desencoraje o ostracismo no trabalho, oferecendo treinamentos para gerentes e funcionários que aumentem a autoestima, estimulem técnicas eficazes de resolução de problemas e promovam o desenvolvimento de habilidades políticas.

“Nas sessões de treinamento, as organizações podem até dar conselhos aos seus funcionários sobre como os efeitos do ostracismo são prejudiciais, mas sugerem que os colaboradores resolvam todos os problemas através da discussão”, disse Kwan.[LiveScience]

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