Segundo o cardiologista Arthur Agatston, novos exames de imagem em tempo real mostram se placas estão se construindo sobre os principais vasos sanguíneos do corpo, alertando médicos e pacientes de um risco aumentado de um ataque cardíaco potencialmente fatal.
“A menos que você faça esse teste, você está jogando roleta russa com sua vida”, disse Agatston. Isso porque não é como se ataques cardíacos pudessem ser previstos. Até agora.
Agatston inventou um dos exames de imagem, a digitalização de cálcio coronário, que olha para placas nas artérias que
conduzem ao coração. Placa nessas artérias é uma bandeira vermelha para um ataque cardíaco.
Outro teste de imagem que Agatston recomenda é um ultrassom da artéria carótida, procurando placas no vaso sanguíneo principal que conduz ao cérebro. Placa na artéria carótida é um sinal de aumento do risco de um ataque cardíaco e derrame.
Ambos os testes não são invasivos e são ambulatoriais, embora o exame de cálcio exponha o paciente ao equivalente a vários meses de radiação ambiente normal.
Um grande estudo descobriu que o cálcio coronário é um melhor preditor de eventos coronarianos, como ataque cardíaco, do que a tradicional “Pontuação de Risco de Framingham”, que considera idade, tabagismo, pressão arterial, colesterol total e HDL, o colesterol “bom”.
Cardiologistas geralmente usam a digitalização de cálcio apenas para pacientes considerados de risco intermediário para doença cardíaca, determinado por medidas tradicionais, como estilo de vida, colesterol no sangue, pressão, e histórico familiar.
Agatston acha que o escaneamento de cálcio coronário deve ser rotineiramente previsto a partir dos 50 anos, como a colonoscopia, ou antes, para pessoas com histórico familiar de doença cardíaca.
Pacientes de alto risco já recebem tratamento agressivo, como medicamentos para baixar o colesterol, mas muitos médicos não acham que pacientes de baixo risco têm necessidade de incorrer a despesa ou a pequena dose de radiação que vem com um scan de cálcio coronário.
“Há um grupo grande, com risco intermediário, que pode ser tanto quanto 50% da população”, disse Erin Michos, cardiologista. “Um bom candidato para uma varredura de cálcio coronário, sendo assim, seria um homem de 50 anos de idade, com colesterol levemente elevado e um pai que teve ataque cardíaco”, completa.
Agatston fala também sobre um terceiro teste: um exame de sangue que olha o LDL, ou colesterol “ruim”. Partículas de LDL vêm em tamanhos diferentes, e os pacientes com um monte de pequenas partículas de LDL são mais propensos a acumular placa em seus vasos sanguíneos.
Segundo Agatston, esses novos testes dão aos pacientes a oportunidade de fazer grandes mudanças em sua dieta e estilo de vida, bem como dão aos médicos uma oportunidade de tratá-los com medicação.[CNN]