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Realidade ou fantasia? Entenda por que você gosta (ou odeia) Crepúsculo

Enquanto milhares de fãs aguardam ansiosos pela estreia do filme “Amanhecer”, o mais novo da saga Crepúsculo, tem gente que está pouco se importando com isso. Ou até evitando, tamanho o ódio que desenvolveu pela série que mistura vampiros, lobisomens e várias doses de romance.

Mas isso não tem necessariamente a ver com críticas ao filme ou com a influência de comentários negativos de amigos. Algumas pessoas simplesmente não conseguem desfrutar histórias com muita fantasia, de acordo com um novo estudo.

Enquanto algumas pessoas adoram ler romances fantasiosos, outras simplesmente odeiam. Seria porque elas não têm uma imaginação boa ou não podem aceitar as regras de um mundo imaginário?

Um estudo da Universidade Estadual do Kansas, nos Estados Unidos, demonstrou as diferentes maneiras pelas quais as pessoas podem encarar a fantasia.

Foram feitos experimentos para ver como as pessoas experimentam a fantasia dentro de narrativas – como em um livro, filme ou peça de teatro – que inclui aspectos sobrenaturais, irreais ou impossíveis. A fantasia foi diferenciada da ficção científica no estudo porque esta tende a vir com uma explicação lógica para os mundos irreais que ela cria.

Em um primeiro experimento, voluntários receberam um texto de fantasia ou realista demais. Na narração fantasiosa, o escritor adquiria a habilidade de voar sobre as montanhas para depois descer e pousar em belo campo de relva verde. Já a narrativa realista descrevia um nascer do sol e incluía passagens que detalhavam o aspecto do céu.

Em um segundo experimento, os voluntários viram dois quadros e tinham que decidir em qual deles gostariam de morar: em uma das imagens um homem estava sentado dentro de uma cabana de palha e na outra um homem meditava enquanto flutuava no ar acima de montanhas.

Após cada experimento os voluntários tinham que descrever o que as narrativas e imagens provocaram neles. Os pesquisadores ficaram surpresos ao descobrir que a intensidade e a vivacidade das imagens não eram diretamente ligadas com a propensão de uma pessoa para devaneios fantasiosos.

Mas havia uma diferença clara entre as pessoas que estavam propensas a gostar de fantasias e devaneios daquelas que eram mais “pé no chão”. As pessoas que se mostraram confortáveis com a fantasia tenderam a ser mais absorvidas pelo o que leram e viram. Elas também tendiam a ter uma reação emocional. Muitas disseram que se sentiram bem depois de ler as narrativas ou olhar as pinturas.

Outra característica interessante das pessoas propensas à fantasia foi que, mesmo quando elas tinham contato com um texto ou pintura realista, elas inseriram elementos fantásticos nisso. Por conta própria, elas começaram a se ver voando enquanto viam o sol nascer, por exemplo.

Ainda não é certo o motivo pelo qual algumas pessoas gostem da falta de realidade, enquanto outras não gostam nem um pouco de histórias que envolvam muita imaginação.

E você, gosta de histórias malucas que não tenham nada a ver com a realidade ou prefere algo menos fictício? [MSN]

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