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Realidade virtual agora permite cheirar, tocar e degustar

Foi desenvolvido o primeiro capacete de realidade virtual que pode estimular os cinco sentidos humanos. Como era viver no antigo Egito? Como as ruas de lá eram, cheiravam, soavam?

Por décadas, estudiosos da realidade virtual esperaram que pudéssemos visitar esse tipo de lugar como turistas virtuais.

Até hoje, no entanto, não é possível estimular simultaneamente os cinco sentidos, com um alto nível de realismo, através da realidade virtual.

Mas cientistas, das universidades de York e Warwick, acreditam que chegaram em um ponto decisivo para tornar isso possível. Desenvolveram um projeto chamado “Em Direção à Realidade Virtual”.

No caso do projeto, o termo “realidade virtual” é usado para designar uma situação em que todos os sentidos sejam estimulados, na qual o usuário é imerso e não pode dizer, com certeza, se ela é real ou não.

Os cientistas buscam desenvolver um aparelho chamado de “Casulo Virtual” – um novo capacete que pode estimular os sentidos de forma bem mais realista do que seus antecessores.

Especula-se que o invento possa ser usado em novas técnicas nos campos da educação, dos negócios e da proteção ambiental.

O coordenador da iniciativa, David Howard, professor da Universidade de York, declara que projetos anteriores se concentravam, basicamente, em apenas dois sentidos: a visão e a audição.

“Os cheiros serão gerados por uma nova técnica que usa “receitas” pré-determinadas para cada experiência. O paladar e o olfato estão ligados, mas também planejamos proporcionar ao usuário a sensação de ter determinada coisa em sua boca, com textura. E outros sensores tácteis vão proporcionar a sensação de toque” explica Howard.

Um dos principais objetivos é melhorar a forma com que os cinco sentidos interagem, assim como na vida real. O time também planeja tornar o Casulo Virtual mais leve, ergonômico e barato.

A realidade virtual e, principalmente, esse último projeto, levanta polêmica em comunidades conservadoras. Afinal, o usuário separa-se completamente do mundo real para mergulhar em uma realidade pré-determinada.

“Também estamos analisando as implicações sociais e econômicas que um projeto desse porte terá” explica Howard. [Science Daily]

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