No Reino Unido, aqueles que cometerem ofensas e bullying online serão banidos da internet. A decisão faz parte da nova estratégia de segurança cibernética britânica.
É hora da polícia e dos tribunais usarem mais as sanções cibernéticas para restringir o acesso às redes sociais e serviços de mensagens instantâneas daqueles acusados de roubo de dados, fraude e ofensas online.
Ordens similares foram impostas aos envolvidos na série de ataques online pelos grupos Anonymous e LulzSec, no começo do ano. Eles no momento aguardam julgamento.
Outros dois jovens foram banidos da web por incitar tumultos via Facebook.
Os oficiais agora analisam se é possível usar a tecnologia para monitorar ofensores e entregá-los às autoridades no caso deles quebrarem as condições e usarem a internet.
“O Ministro da Justiça e outros departamentos estão considerando o desenvolvimento de uma nova forma de reforçar essas ordens, usando ‘marcadores digitais’ que são disparados quando o acusado quebra as condições sobre seu uso da internet, e automaticamente vão informar a polícia ou serviço de investigação”, afirma um dos estrategistas de segurança digital.
As forças policiais do país também vão recrutar “especialistas digitais”: experts que serão encorajados a participar como voluntários na investigação de crimes online.
A estratégia também é desenhada para evitar a espionagem e ataques de países como a China e Rússia, e hackers “patriotas”.
O Quartel General das Comunicações Britânicas (GCHQ) vai receber cerca de 1 bilhão e 100 milhões de reais para desenvolver a habilidade de detectar, defender e contra-atacar em rede. A dificuldade de descobrir a verdadeira fonte de um ataque online está entre as prioridades, assim como desenvolver técnicas de conflito na web, com colaboração da nova unidade digital do Ministério da Defesa.
A GCHQ também vai comercializar um pouco da sua tecnologia cibernética para ajudar o setor privado a melhorar sua segurança online, como parte do esforço de aumentar a cooperação entre o governo e indústria.
“A estratégia não lida apenas com a ameaça terrorista ao nosso território nacional, mas também com os criminosos que ameaçam nossa prosperidade e a vida de muitas pessoas comuns através dos crimes online”, afirma o primeiro ministro, David Cameron.[Telegraph]