No último domingo (30), a Rússia lançou o seu primeiro voo espacial não tripulado para suprir a Estação Espacial Internacional desde que um acidente em agosto deixou metade de uma equipe (3 pessoas) no posto orbital e levantou preocupações sobre o papel de Moscou como o único fornecedor para a área espacial.
O acidente envolveu a queda de uma nave de carga não tripulada que levava mantimentos e combustível para a Estação Espacial em 24 de agosto. A nave não conseguiu alcançar a órbita e pegou fogo na atmosfera, lançando destroços sobre a Sibéria.
A equipe deixada na Estação era composta pelo comandante americano Mike Fossum, e os astronautas Sergei Volkov, russo, e o japonês Satoshi Furukawa.
Agora, a nave Progress decolou com sucesso de Baikonur, no Cazaquistão, como previsto às 6:11 da manhã, carregando suprimentos para a Estação, um projeto de 171 bilhões de reais financiado por 16 países, atualmente em órbita cerca de 386 quilômetros acima da Terra.
A nave transporta cerca de 3 toneladas de alimentos, combustíveis e suprimentos, incluindo oxigênio e roupas, e até mesmo iPads. Ela deve atracar na Estação quarta-feira.
A nova tripulação agora deve voar para o posto em 14 de novembro, chegando dois dias depois.
A NASA está levantando fundos para ajudar empresas norte-americanas privadas a desenvolver naves espaciais, com o objetivo de quebrar o monopólio da Rússia em voos espaciais antes do final de 2016.[Reuters]