Câmeras que reconhecem rostos e são capazes de acessar bases de dados, no estilo Exterminador do Futuro? Em breve, esse tipo de equipamento será considerado praticamente um brinquedo: um grupo comandado pelo governo do Estados Unidos está desenvolvendo um scanner molecular a laser, capaz de coletar informações sobre uma pessoa a 50 metros de distância.
Que tipo de informações? Estamos falando “apenas” de traços de qualquer substância que esteja presente em suas roupas ou seu corpo (sim, ele “vê” através de roupas), seja pólvora resultante do disparo de uma arma, seja a quantidade de adrenalina que corre em suas veias. Nem mesmo o que você comeu no almoço ficará longe da visão do scanner.
Informação instantânea (literalmente)
Fruto de uma parceria entre o Departamento de Segurança Local dos Estados Unidos e empresas de tecnologia de ponta, o equipamento será uma forma de descobrir instantaneamente situações consideradas ameaçadoras (pessoas carregando armas, explosivos, drogas) em locais públicos, como aeroportos e fronteiras internacionais. Pelo menos é o que dizem.
A empresa responsável por criar o produto, Genia Photonics, detém 30 patentes envolvendo tecnologias por trás dele. A princípio, o “Picosecond Programmable Laser” (Laser Programado de Picossegundo – este último termo, aliás, quer dizer “um trilionésimo de segundo”, tempo que ele leva para escanear algo) deverá estar pronto em 2013 e supera facilmente aparelhos similares – em portabilidade, precisão e tempo de análise.
Embora a privacidade e o direito individual sejam temas óbvios para se debater em relação a esse tipo de tecnologia, ainda há pouca discussão sobre o tema. Será que policiais poderão prender um cidadão que esteja com alto índice de adrenalina no sangue, por questão de prevenção? Em que situações o scanner será usado? Quais substâncias, exatamente, farão parte da “lista negra”? No lugar de respostas, ainda há apenas o silêncio.[Gizmodo]